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Sexta, 21 Junho 2019 21:14

Craque da Seleção de Futsal, Bateria destaca os Jesc Destaque

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Bateria passa as férias em São Miguel e mata a saudade dos Jesc Bateria passa as férias em São Miguel e mata a saudade dos Jesc Foto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

Craque de futsal da Seleção Brasileira e Jimbee Cartagena, da Espanha, de férias em São Miguel do Oeste, aproveitou para assistir às competições dos Jesc e matar a saudade de um dos eventos que mais o influenciaram e estimularam a realizar o sonho de ser jogador profissional de futsal. No sábado (22), o jogador estará na final do futsal, no Ginásio do Guarani para acompanhar a final e fazer a entrega da premiação.

Ao se falar de Dione Alex Veroneze possivelmente poucos ou ninguém saiba de quem se trata, mas basta falar em Bateria para que aqueles mais ligados ao esporte, principalmente ao futsal, saibam que se trata de um dos mais importantes craques da Seleção Brasileira de Futsal na atualidade. Mas boa parte destes talvez não saiba que ele é catarinense, de Iporã do Oeste, viveu desde os dois anos na cidade de Palmitos e tem familiares em São Miguel do Oeste, sede da 11ª edição dos Jogos Escolares de Santa Catarina de 15 a 17 anos (Jesc 15-17).

Atualmente, Bateria mora em Cartagena, na Espanha, onde joga pelo Jimbee Cartagena. Antes disso, atuou três anos pelo Inter Movistar, da Região Metropolitana de Madri (2011 a 2014) e outros três no Barcelona (2014 a 2017). Uma contusão no joelho levou-o a um acordo com o Barça em rescindir contrato com o clube três anos antes do previsto. De volta ao Brasil, tratou a lesão com o fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futsal, Kleber Barbão, por um período de sete meses. Reabilitado, foi contratado pela equipe do Marreco, de Francisco Beltrão, no Paraná, onde atuou até agosto 2018, quando recebeu o convite para jogar no Jimbee.

O craque da seleção

O nome de Bateria sempre foi um dos cogitados como grande promessa do futsal brasileiro e possível sucessor de Falcão. A primeira convocação para a seleção brasileira de base foi aos 20 anos, em 2010, quando atuava no Joinville. Para a seleção principal, a convocação surgiu três anos depois, quando jogava pelo Inter Movistar. Em 2016, aos 26 anos, foi convocado para a Copa do Mundo de Futsal, na Colômbia. O Brasil não teve sucesso e foi eliminado pelo Irã nas oitavas de final. Ele atribui ao nivelamento do futsal em todo mundo, proporcionado principalmente por atletas brasileiros que atuam fora do país.

A base esportiva

Bateria aproveitou as férias e veio ao Brasil, mais precisamente a São Miguel do Oeste, terra de seus familiares e de sua esposa. Aqui, ele não poderia deixar de acompanhar as competições dos Jesc, isso porque ele já atuou em quase todos os eventos esportivos promovidos pela Fesporte. Ele conta que, no momento em que assiste a competições como esta, passa um filme na cabeça, lembrando sua trajetória, os jogos, o alojamento, o convívio com atletas e técnicos. Entre 2002 e 2004, competiu nos Jesc e no Moleque Bom de Bola, defendendo a Escola Felisberto de Carvalho, de Palmitos. Depois representou o município de São Miguel do Oeste nos Joguinhos Abertos e competiu também nos Jasc. “Todos esses jogos pelo estado me ajudaram e me fizeram continuar acreditando naquele sonho que eu tinha lá, moleque, que chegasse a ser um jogador profissional de futsal. Todo o aprendizado, toda essa competição, a participação nos jogos, a convivência com atletas, estudantes, isso foi superimportante para ser um jogador de futsal ou independente do que você possa ser no futuro, o mais importante é a participação nesse evento, e isso teve um peso enorme na minha carreira” disse o ala esquerda de 28 anos, da Seleção e do Jimbee.

A família

Mesmo distante, Bateria tem um apego muito grande à família. Ele explica que o apelido foi dado primeiramente ao pai, em função da loja de bateria de que era proprietário em Palmitos. Jogando no futebol amador da cidade, passou a ser tratado por Bateria. O pequeno Dione herdou então o apelido, primeiramente como Bateriazinha. “Agora adulto, me chamam também Bateria, causando uma confusão se se trata de mim ou do meu pai. Mas é sempre uma honra e orgulho, para mim, poder usar o nome (apelido) dele nas costas, porque ele é meu principal motivador, além de minha mãe. Sempre me apoiaram muito. Cheguei aonde estou porque eles acreditaram em mim”, destacou o craque.

Sempre que pode, Bateria promove palestras pelo Brasil, em pequenas e grandes cidades, divulgando o esporte e incentivando sua prática, com o sonho de ver o esporte e o país mais desenvolvidos. E se depender dele, os sonhos hão de se realizar.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

 

Lido 3714 vezes Última modificação em Sábado, 22 Junho 2019 02:21
Heron Queiroz

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