Medidores de potência de pedaladas e frequência cardíaca são hoje instrumentos comuns nos kits utilizados pelos ciclistas em competições e treinamentos. Parte desta tecnologia é semelhante à que se vê hoje nos jogadores de futebol, naquele aparelho colocado em uma espécie de corpete e que forma um pequeno cocuruto sob a camisa, perfeitamente visível nas transmissões de tevê.
Os atletas do ciclismo utilizam uma cinta na altura do peito, com um pequeno aparelho que transfere dados a um microcomputador fixado no guidom. André Ghor, representando Brusque e sétimo colocado na prova de estrada dos Jogos Abertos, teve seus dados disponíveis para controle durante os 140 quilômetros do percurso, misto de terreno plano com trechos de serra. O segundo colocado, Gabriel Machado, de Chapecó, também fez uso desta tecnologia, assim como a maioria dos participantes desta prova.
Milton Della Giustina, ciclista das antigas e atualmente dedicado ao comércio de equipamentos da sua modalidade, lembra que o medidor de frequência cardíaca existe desde a década de 90. “Este medidor não é mais novidade, mas temos muita coisa moderna entre os itens utilizados hoje pelo ciclista.”
E uma delas, que vem sendo incrementada aos poucos no ciclismo de todo o Brasil, é mesmo o medidor de potência das pedaladas, em combinação com o da frequência cardíaca. “Os dois juntos servem para nos orientar nos treinamentos e para o equilíbrio de rendimento durante uma prova”, explicaram Ghor e Gabriel.
Esta tecnologia, recém-implantada por aqui, está ajudando bastante os ciclistas da nova geração, como André e Gabriel Machado. Ambos competem, também, por São José dos Campos, pela equipe Funvic, e estão adquirindo experiência e conhecimento em competições internacionais graças ao acesso às tecnologias criadas mais recentemente para o ciclismo. O primeiro contato prático com a modernidade aconteceu no tour da China, disputado mês passado pelos dois, resultando num sétimo e em um nono lugar da equipe paulista.
Texto: Mário Madaglia