Na manhã desta terça-feira, dia 28, alunos do Colégio La Salle Peperi tiveram a oportunidade de vivenciar a prática da modalidade Goalball, da qual participam pessoas cegas ou com baixa visão.A iniciativa é da Fesporte, que através de um Projeto Piloto, realiza pela primeira vez a experiência com a comunidade durante o Parajasc, a fim de oportunizar aos cidadãos a vivência e as dificuldades que são sentidas pelos cegos no dia a dia.
A oficina foi desenvolvida pelo coordenador da modalidade no Parajasc, Roger Scherer, junto com professores de Educação Física. “Além de difundir a modalidade durante os jogos, a intenção da Federação é que as pessoas possam conviver com a realidade dos cegos”, comentou.Os alunos ouviram com atenção as dicas e, na seqüência, realizaram exercícios com os olhos vendados e se guiaram ao som da bola, palmas e outros indicadores sonoros.
Scherer ressalta que a Fesporte realizou a oficina, incluindo teoria e prática, com educadores da modalidade durante a última edição do Parajesc. Ele lembra que as equipes do Goaball do Brasil, no masculino e feminino, são destaque em nível mundial.
Karla Utzig
Jornalista Prefeitura SMOeste/SC
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Os primeiros troféus da modalidade de atletismo dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), foram entregues nesta segunda-feira, 27, em São Miguel do Oeste. As provas, realizadas na pista de atletismo do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada (14º RC Mec), reuniram atletas de Deficiência Intelectual (DI) e Auditiva (DA).Na classificação geral do atletismo DA os troféus ficaram na região Oeste do Estado. A equipe feminina de São Miguel do Oeste faturou seu primeiro troféu de ouro. A prata foi para Quilombo e o bronze para Concórdia. No masculino do mesmo segmento, Chapecó levou o primeiro lugar. Em seguida Caçador e Videira também comemoraram os troféus de prata e bronze, respectivamente.
No DI feminino, a classificação geral ficou: Itajaí, Quilombo e Presidente Getúlio. No masculino, Itajaí também faturou o ouro, seguido de Jaraguá do Sul (prata) e Concórdia (bronze).A atleta, Amanda Groth, de Concórdia, comemorou o troféu de terceiro lugar geral no DA feminino. Afinal, ela venceu duas das três provas que competiu: arremesso de peso (3º lugar) e lançamento de disco (2º lugar). Mesmo sem o ouro no peito, o rosto da jovem de 18 anos estampava a alegria em participar pela segunda vez dos Parajasc. “É com orgulho que represento um município. E saio daqui com um exemplo de valor maior de cada deficiente, pois somos todos capazes”, afirma.
Além de atleta, Amanda também ajudou as competidoras das provas com a interpretação em língua de sinais. O que se via durante a competição, era uma jovem tranquila, competindo por amor pelo esporte e pela vida. “É necessário um intérprete ou legenda e eu gosto muito de ajudar, até porque eles também me ajudam”, comenta a atleta.Para ela, os Parajasc representam um aprendizado, principalmente por ter o contato com várias deficiências, e não apenas a auditiva. “Eu fico um pouco nervosa quando vou jogar, penso que vou perder. Mas aqui eu vi os atletas downs, por exemplo. Eles não ficam nervosos, eles pensam que vão ganhar, que vão jogar. Participar com outros atletas já é uma vitória para eles. Esse exemplo eu levo comigo”, garante Amanda.
Confira a entrevista em vídeo com Amanda aqui.
Os Jogos Abertos Paradesportivos são uma promoção do Governo do Estado, por meio da Fesporte, com apoio da Prefeitura de São Miguel do Oeste da Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste (SDR).
Informações adicionais para a imprensa:
Gisele Vizzotto
Secretaria de Estado de Des Reg São Miguel do Oeste
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Telefone: (49) 3631-2901
Silêncio em quadra é a marca da modalidade esportiva chamada Goalball. Nos Parajasc o esporte não está entre os mais procurados, porém o público que assiste e os jogadores são fiéis. Em quadra a semana começou com vitória. A equipe de Xaxerê venceu Blumenau e levou o ouro. O resultado final foi de 12X7.
Foto: Epa Machado/Fesporte
No total 3 equipes masculinas participaram, Xanxerê, Blumenau e Florianópolis. Os paratletas que competiram têm deficiência visual ou baixa visão. O que não impediu Ricardo Becker de ser o artilheiro do time campeão, só na final foi dono de sete gols.“O segredo é acreditar e ter força de vontade para alcançar bons resultados” ressalta o paratleta.
O coordenador do jogo Roger Lima Scherer explicou como funciona o esporte. Segundo ele o tampão nos olhos são vendas homologadas pela Federação Internacional de Desporto para Cegos (IBSA) que anulam qualquer informação visual do jogador.A modalidade desportiva é coletiva, originariamente concebida para a prática de pessoas com deficiência visual, podendo, no entanto, ser jogada por quaisquer indivíduos, desde que para isso estejam equipados com as vendas. “Cada jogo de Goalball tem a duração útil de 20 minutos, divididos em duas partes de 12 minutos cada, com 3 minutos de intervalo, e é disputado por duas equipes de três elementos, num campo de jogo que deverá ter 18 m x 9 m e duas balizas de 9 m de comprimento por 1.30 m de altura. O objetivo consiste na marcação de gols através de lançamentos de uma bola que contém guizos no seu interior” conclui.
Confira a entrevista em vídeo aqui do artilheiro Ricardo e do coordenador do jogo Roger Lima Scherer.
Oficina
Na próxima terça-feira a Fesporte promoverá uma oficina de Goalball no Ginásio de Esportes do Colégio La Salle Peperi, localizado na rua Doutor Guilherme José Missen, no centro de São Miguel do Oeste-SC. As aulas começam às 10h. Para o diretor de esportes da Fesporte Luciano Nilzo Heck, é uma forma de promover integração e estimular a prática esportiva. “ Vamos fazer uma simulação e oferecer treinamento aos estudantes. Se a idéia pioneira tiver bons resultados, o objetivo é estender a oficina para outras modalidades” encerra.
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Adria Rocha dos Santos de 40 anos tem uma trajetória esportiva que somente os maiores atletas e ídolos mundiais conquistaram. A mineira que reside em Santa Catarina há 11 anos, participa pela primeira vez dos Parajasc. Está entre as velocistas cegas mais rápidas do mundo, é considerada a maior medalhista da história do esporte paralímpico brasileiro. A paratleta perdeu a visão em decorrência da retinose pigmentar e do astigmatismo de nascença, o que não foi obstáculo para a realização do sonho de se tornar campeã.
Desde criança sempre gostou de correr, mas começou a levar o esporte a sério aos seus 14 anos, em Curitiba onde disputou a primeira prova oficial, a segunda competição foi na paraolimpíada de Seul, capital e a maior metrópole da República da Coréia, onde a menina brincalhona e bem humorada ganhou duas medalhas de prata nos 100m e nos 400m. Mas a conquista que mais marcou sua carreira foi em Sydney na Austrália em 2000, quando atingiu sua melhor marca. A velocista fez os 100 metros em 12s 34, os 200 metros em 24s 99 e os 400 em 57s 46. Números que jamais sairão da memória. “Todas as medalhas que conquistei são importantes, mas em Sydney foi a paraolimpíada em que mais sofri para alcançar bons resultados, com certeza serão sempre lembrados com carinho, pois fazem parte da minha história como paratleta” conta Adria orgulhosa.
Especialista nos 100m, 200m e 400m sempre treinou forte, com o objetivo de conseguir bons resultados em cada disputa. Hoje com 43 medalhas nacionais paralímpicas e 75 internacionais Adria encerrou carreira nas provas de velocidade, mas nas corridas de rua ela ainda continua.
A paratleta garante que vai levar uma medalha para Joinville, município onde reside. Ela participará dos 100 metros, 200 e 400 metros na próxima terça-feira em São Miguel do Oeste na pista de corrida do exército, local das provas de atletismo. O horário ainda não foi definido pela equipe técnica da Fesporte.
Assista aqui a entrevista em vídeo concedida à TVFesporte.
Para o presidente da Fesporte, Marcelo Kowalski, é uma honra receber celebridades de nível internacional nos Parajasc 2015. “A presença de Adria nos jogos é uma forma de incentivar os iniciantes e mostrar que com dedicação tudo é possível. Em nome do Governador Raimundo Colombo e pela Fesporte dou boas vindas à paratleta”.
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Os principais atletas do paraciclismo catarinense se reuniram neste fim de semana para disputar a tão esperada prova dos Parajasc. A competição ocorreu no último domingo em São Miguel do Oeste, onde 14 paratletas disputaram os melhores tempos nas categorias masculino e feminino. De acordo com o presidente da Fesporte, Marcelo Kowalski, é um momento de integração e revelação de talentos. “Os Parajasc sempre nos mostram exemplos de pessoas que superam seus limites e isso é muito importante para a socialização dos paratletas, tanto que Santa Catarina conta com grandes nomes no ciclismo, fico feliz em saber que a Fesporte faz parte da história de cada vencedor que passou pelos jogos”esclarece.
Durante a prova cada competidor pedalou por 1.300 metros em bicicletas especiais para duas pessoas, nela montam o guia e o paratleta. Antes da largada o coordenador da prova Jair Damásio faz uma checagem geral e passa as orientações necessárias para que não haja erro. “É importante que todos os equipamentos de segurança estejam em dia e lembro os competidores sobre a relargada, ou seja, até os primeiros 200 metros da prova a pessoa pode retornar e largar de novo se tiver algum problema. Passando disso, o paratleta deve concluir a prova normalmente” ressalta.
Dicas que Maria Pinheiro já está cansada de saber.A paraciclista de Itajaí começou a participar dos Parajasc em 2010 e hoje é referência na modalidade. Com 31 anos ela participa das quatro etapas nacionais da Copa Brasil de Paraciclismo. Em 2013 fez parte da Seleção Brasileira. Ela se orgulha em falar que é difícil voltar para casa sem medalhas nas competições, tanto que levou ouro nos Parajasc 2015. “Eu acredito no meu potencial, não é porque tenho baixa visão que vou me sentir inferior às outras pessoas. E peço para aqueles que estão começando, que acreditem em si, quando nos esforçamos e acreditamos nos resultados, com certeza conquistamos”.
O seu colega também de Itajaí Alvacir Paulo da Silva, é outro exemplo de superação. O paraciclista descobriu o dom de pedalar, num evento dos Parajasc há nove anos.Ele já foi dependente químico e não esconde, pois hoje os resultados conquistados em provas mostram a importância do esporte na sua vida. “Como eu tive fé e consegui, sei que muitos podem seguir o mesmo caminho e se tornarem campeões” fala emocionado. Alvacir é dono da prata na Copa do Brasil de Paraciclismo de 2014.
Assista aqui a entrevista com os paratletas em vídeo.
Atletas de São José comemoram medalhas.
Os Parajasc seguem até o dia 30 de abril em São Miguel do Oeste.Até lá os 1.700 paratletas com deficiência física (DF), auditiva (DA), visual (DV) e intelectual (DI) vão disputar medalhas em modalidades como: Atletismo, natação, tênis de mesa, xadrez, futsal, ciclismo, goalball, handebol em cadeira de rodas, natação, xadrez, basquete para cadeirantes e bocha paralímpica.
Resultados paraciclismo:
Feminino:
Primeiro lugar: Maria Pinheiro - Itajaí/ Tempo:2.1838
Segundo lugar: Denise Aparecida Godoy – Itajaí/Tempo:2.2989
Terceiro lugar: Eva de Jesus Pereira- Florianópolis/Tempo:23089
Masculino:
Primeiro lugar: Luciano da Rosa – São José/Tempo: 1.5753
Segundo lugar: Alvacir Paulo da Silva – Itajaí/ Tempo: 2.2656
Terceiro lugar: Adriano Lourenço- Joinville/Tempo:2.3282
Assessora de Imprensa: Pamela Marin
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Novato nos Parajasc o nadador Gustavo de Simas entrou na fila para obter a classificação funcional para competir. É a primeira vez que o jovem de 19 anos participa dos jogos voltados aos deficientes representando o município de Brusque. “É ótimo sentir essa integração e poder conhecer outros deficientes visuais como eu. Espero participar de muitos Parajasc daqui para frente” fala entusiasmado.
#PraCegoVer: A foto da reportagem mostra o paratleta Gustavo de Simas recebendo atendimento de duas classificadoras. Ele está sentado na frente das profissionais realizando o cadastro e aguardando para receber a carteira de identificação. Na foto as duas classificadoras digitam as informações pessoais de Gustavo no computador.
Veja aqui em vídeo a classificação funcional dos paratletas
A classificação é a primeira atividade que os paratletas precisam passar para poder competir nos jogos. Durante a consulta é analisado o grau de deficiência de cada participante e se a inscrição está correta. Quem compete em mais de um esporte recebe classificação diferenciada para cada modalidade. Segundo o presidente da Federação Catarinense de Desporto de Cegos e Baixa Visão, Carlos Roberto Sestren, isso permite oportunizar a competição entre indivíduos com vários graus de deficiência, pois o sistema de classificação é pré-requisito para uma competição mais equiparada. Ainda de acordo com ele, em média 80 novas carteirinhas devem ser confeccionadas no primeiro dia de provas. “É muito bom saber que o número de atletas paralímpicos aumenta a cada ano, e que os deficientes fazem questão de participar do evento promovido pelo governador Raimundo Colombo através da Fesporte".
20 profissionais entre médicos, fisioterapeutas, psicólogos, psicopedagogos e professores de educação física estão envolvidos na ação. A classificadora Danissa Godinho que atua em parceria com Soraia Wessling, lembra que após a consulta, os paratletas recebem uma carteirinha de identificação, a qual precisam apresentar antes de iniciar a prova. Sem a identificação oficial dos Parajasc o paratleta pode sofrer punições.
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