Na etapa estadual do Campeonato Catarinense Escolar de Futebol – Moleque Bom de Bola, que está sendo disputada em São Ludgero, mais que participar da competição, grande parte dos 398 alunos-atletas buscam nas partidas não somente o prazer de correr atrás de uma bola ou fazer gols. Eles procuram, além deste sentimento, a oportunidade de serem descobertos e galgar a tão sonhada carreira profissional de jogador de futebol. A presença em São Ludgero de Ketlen Wiggers, como embaixadora da competição, que é natural de Rio Fortuna, jogadora da seleção brasileira e do Santos Futebol Clube e que foi descoberta no Moleque de 2004 aflorou o desejo de muitos garotos e garotas, fortalecendo o pensamento que o sonho é possível.
Janaina Zorrer, 13 anos, estudante da 7ª série da Escola Estadual Paquetá, de Brusque, é uma dessas sonhadoras. Autora do gol de empate na partida que terminou 1 a 1 contra o Colégio São Bento, de Criciúma, nesta quinta-feira, 24, ela acredita que o Moleque Bom de Bola é uma porta de entrada para a carreira profissional. “Ao longo da história desta competição muitos atletas foram descobertos e atuam hoje no futebol como profissão e por isso eu tenho fé que jogando aqui é o primeiro passo para uma carreira vitoriosa”.
Kauan Vizeu, da Escola Estadual de São Ludgero, deseja em ser jogador profissional para realizar o sonho dele e do pai (Foto: Antonio Prado/Fesporte)
Apesar de ser adversária de Janaina em campo, Isabela Leandro, 13 anos, estudante da 7ª série do Colégio São Bento, tem o mesmo pensamento da estudante brusquense. “Eu gosto do futebol, acho que jogo bem e no Moleque sempre tem olheiro observando os jogadores e a qualquer momento pode surgir uma oportunidade em um clube profissional. Sonho em um dia poder praticar futebol fora do Brasil, por isso admiro a Marta da seleção Brasileira”.
Isabela estuda em Criciúma, mas mora em Maracajá, que tem pouco mais de 6 mil habitantes, e todos os dias viaja de ônibus os 28 quilômetros que separa o seu município da “terra do carvão” em busca do sonho: ser uma jogadora de futebol profissional.
Janaina Zorrer, 13 anos, da Escola Estadual Paquetá, de Brusque, acredita que o Moleque é ponta-pé inicial para uma carreira profissional (Foto: Antonio Prado/Fesporte)
Este pensamento habita também de forma perene na cabeça de Kauan Vizeu, 13 anos, da 7ª série da Escola Estadual de São Ludgero, do município do mesmo nome. O garoto foi o autor do gol da vitória de 1 a 0 diante do Colégio Elias Moreira, de Joinville, nesta quinta-feira. Sobre a competição ele é enfático: “O Moleque é um campeonato que te dá a oportunidade de um dia ser jogador profissional. Aqui busco este sonho que meu pai (que é soldador) não teve, pois na semana que era para ele fazer um teste para o profissional do Criciúma eu nasci e ele optou por não fazer o teste para ir para a maternidade acompanhar o meu nascimento. Por isso busco no Moleque Bom de Bola concretizar o sonho do meu pai e o meu também”.
A etapa estadual do Moleque Bom de Bola é uma promoção do Governo de Santa Catarina, por meio da Fesporte, em parceria com a prefeitura de São Ludgero e Parati com apoio da Secretaria Estadual de Educação.
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