O programa do Ministério do Esporte, desenvolvido em Santa Catarina em convênio com a Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), promove a ressocialização de internos do sistema penitenciário por meio da fabricação de materiais esportivos. Além da profissionalização, os detentos reduzem a pena para a qual foram condenados e recebem salário de acordo com a produção.
No Estado, o programa é desenvolvido junto a 425 detentos da Penitenciária Estadual de Florianópolis, localizada no Bairro Agronômica. No local são produzidas camisetas e bolas de futsal adulto e infantil, de futebol de campo adulto e infantil, de vôlei, de basquete e de handebol feminino que são destinadas a escolas das redes públicas estadual e municipal. O e-mail para contato é
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 e o telefone (48) 3665-6155, com o coordenador Ademar José da Silva..
A cada três dias de trabalho, os presos diminuem um dia da pena e recebem um pequeno salário pelos serviços prestados. O pagamento pode variar de R$ 5 a 7 por unidade produzida; a camiseta, dependendo do trabalho desenvolvido (corte, costura, acabamento, bordado etc.), varia de R$ 1,50 a R$ 3 e cada bola costurada, R$ 2.
O Pintando a Liberdade promoveu em muitas penitenciárias do Brasil uma transformação no dia-a-dia dos detentos, geralmente marcada pela ociosidade, rebeliões e planos de fuga. Os resultados são os melhores. O Ãndice de reincidência carcerária nas penitenciárias onde está instalado o projeto é de cerca de 30%, enquanto em outras instituições é de 60% a 90%. Com isso, ex-detentos conseguem transformar suas vidas com novas perspectivas e oportunidades.
Em Minas Gerais, Arival Batista da Silva matou para vingar a morte de seu pai, foi condenado a 18 anos de prisão, saiu livre após oito anos e hoje trabalha como instrutor do projeto. Em São Paulo, João Alves da Silva foi um dos maiores assaltantes de banco de São Paulo e ficou preso 26 dos 246 anos aos quais foi condenado. Hoje está reabilitado e trabalha para a Secretaria Nacional de Esporte como instrutor de produção.