Sentimentos de confiança e alegria não faltam para Giovane Peres. O paratleta de 27 anos é dono de 40 medalhas e uma vontade enorme de bater recordes em resultados. Não é à toa, que ele foi recordista nos 400 metros, durante o Circuito Brasil Caixa de Atletismo que aconteceu em Curitiba em março. O catarinense portador de paralisia cerebral que mora em São José-SC, cruzou a linha de chegada nos 2min e 37s , batendo o tempo de um paulista que fez 2min e 42s”. Superou seus limites e levou medalha de ouro.
A vontade de Giovane agora é superar o próprio tempo nos Parajasc. “Eu sempre acreditei que esse momento de bater um recorde nacional chegaria, é um sonho sem explicação sendo realizado. Vou continuar treinando para superar os meus próprios resultados” conta emocionado.
Ser campeão não é o único motivo de orgulho do paratleta, ele também aproveita para ministrar palestras quando está fora da pista de treinos. “Se eu pudesse estaria todos os dias em treinamento, mas também me dedico promovendo encontros e orientando as pessoas com o tema: Superação e Integração. Eu visito escolas, empresas e associações. Acho importante explicar para todos sobre a realidade da vida dos portadores de deficiência”.
Giavone é um dos favoritos que vai disputar provas na categoria T35 do atletismo dos Parajasc. Está entre os competidores com paralisia cerebral. O amor pela prática esportiva começou em 2007. O paratleta garante que não pretende abandonar o esporte tão cedo. “Pensamento positivo é minha palavra de ordem , isso me impulsiona a acreditar que ainda virão muitos momentos de superação. A expectativa agora é fazer bonito também nos Parajasc”.
Os Parajasc são uma promoção do Governo de Estado por meio da Fesporte. Criados em 2005, são destinados a atletas com deficiência auditiva, física, visual e intelectual. Entre os dias 25 e 30 de abril, os paratletas inscritos disputarão as modalidades de atletismo, natação, tênis de mesa, xadrez, futsal, ciclismo, goalball, handebol em cadeira de rodas, natação, xadrez, basquete para cadeirantes e bocha paralímpica em São Miguel do Oeste. “O Paradesporto de Santa Catarina está na vanguarda e pode ser considerado referência para o Brasil, pois é o único nesse sentido que contempla deficientes intelectuais em suas competições. Nem o CPB trabalha com estes atletas e nós sim por meio dos Parajasc” conclui o presidente da Fesporte, Marcelo Kowalski.
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Pamela Marin
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