A cédula de identidade profissional do Conselho Regional de Educação Física (CREF) do Paraná é exibida com orgulho pelo paratleta Edson Cesar Slonski, o Edinho, de Porto União. O documento representa a luta do portador de paralisia cerebral para conseguir a tão sonhada graduação. Hoje, além de atleta da bocha paralímpica, ele também é treinador e contribui para que Porto União seja um dos municípios com maior número de atletas na modalidade. Da turma de 11 paratletas de bocha do Edinho, cinco estão participando dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), em São Miguel do Oeste.
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Este é o quarto Parajasc que Edinho participa, na classe BC1 da bocha paralímpica (entenda as classes: http://www.ande.org.br/bocha-p-pessoas-com-paralisia-cerebral-severa). Na competição estadual ele nunca levou o ouro, mas guarda experiências que, para ele, significam mais do que as medalhas. “É muito bom estar aqui, fazer novas amizades. Um ajuda o outro. A bocha é uma família”, afirma Edinho.
Em seu currículo ele carrega importantes títulos, como o de campeão nacional da bocha paralímpica, em 2001, em Curitiba. Em 2011 também ficou campeão por equipe, em São Paulo. Em 1998 e 2001, ele participou do Mundial da Bocha, na Argentina e em Portugal, respectivamente.
Na memória, que funciona perfeitamente, ele tem gravadas as participações em todos os brasileiros já realizados. “Não faltei em nenhum”, garante, lembrando as suas 16 participações no campeonato. Na Copa América de 2001, nos Estados Unidos, o paratleta também conquistou a prata no trio e o quarto lugar no individual.
Quem pensa que as atividades, títulos e conquistas do Edinho, param por aí, se enganou. Ele também é escritor de poesia, treinador e atleta da modalidade petra e palestrante. “Sem limites para a superação” é o tema da palestra do paratleta, e também, seu lema de vida. E ao invés de cobrar pelos eventos, Edinho pede doações de kits para os seus alunos poderem competir.
Bocha Paralímpica
A modalidade começou ainda no domingo, 26, e segue até a próxima quinta-feira, 30, último dia dos Parajasc. A coordenadora da arbitragem da modalidade, Elisabeth Albano, lembra que 57 atletas de 22 municípios estão participando dos Jogos deste ano. “A cada ano, o número de paratletas aumenta. Isso demonstra o crescimento da modalidade”, comenta. Ela, que também é árbitra da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), explica que, ao todo, são realizados 105 jogos nos cinco dias de competições.
Os Jogos Abertos Paradesportivos são uma promoção do Governo do Estado, por meio da Fesporte, com apoio da Prefeitura de São Miguel do Oeste da Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste (SDR).
Informações adicionais para a imprensa:
Gisele Vizzotto
Secretaria de Estado de Des Reg São Miguel do Oeste
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