Eles são campeões e a cada Paralímpiada Escolar elevam o nome de Santa Catarina na competição. E nesta edição, em São Paulo mantiveram o alto nível. São eles: Alysson Roberto de Souza, 17 anos, aluno da Escola Estadual Professor Rodolfo Mayer, de Joinville, na natação S8, e Paulo Henrique Gonçalves, 16 anos, da Escola Estadual Nereu Ramos, de Itapoá, no tênis mesa classe 7.
Alysson é um fenômeno, pois em seis participações das Paralimpiadas conquistou 18 medalhas de ouro, uma delas nesta edição de São Paulo na prova dos 200 metros medley S8, além de prata nos 100 metros livres.
Nascido com uma deficiência física denominada de artrogripose múltipla congênita, que lhe atrofiou os braços e as articulações, ele disse que depois de seis participações no evento escolar sai de cena com a sensação de dever cumprido.
“Foi um prazer muito grande poder representar Santa Catarina nas Paralimpíadas. Saio sem tristeza, só com alegria, pois foi aqui que me realizei”. Ao fazer uma análise de sua trajetória até aqui ele aponta a convocação para a seleção brasileira como o ponto mais alto. “Com o Brasil fiquei com a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Jovens este ano, em São Paulo, ou seja, fiquei entre os três melhores da América”, diz feliz da vida.
Paulo Henrique Gonçalves, 16 anos, da Escola Estadual Nereu Ramos, de Itapoá: campeão (Foto: Antonio Prado)
Felicidade, aliás, é o sentimento de Paulo Henrique Gonçalves. O garoto foi um dos mais requisitados pela imprensa local e nacional que cobrem as Paralimpíadas Escolares em São Paulo para entrevistas. Assim como Alysson ele também brilhou nos Jogos Pan-Americanos, quando foi campeão por equipe pela seleção brasileira de tênis de mesa.
Em São Paulo ele aguarda o fim do torneio para conquistar mais uma medalha de ouro e repetir o feito de 2015 quando foi campeão brasileiro. Com uma dismelia que lhe impôs uma má formação nos braços, o garoto considera o tênis de mesa a sua vida. “Foi nesta modalidade que conheci pessoas maravilhosas e vivenciei grandes momentos”.
Com suas performances, Allysson e Paulo Henrique têm tem ajudado a Santa Catarina ser um dos estados destaques nas Paralimpiadas Escolares. Até o momento os catarinenses estão em segundo lugar na classificação geral com 32 medalhas sendo 16 de ouro, 11 de prata e 5 de bronze.
Texto: Antonio Prado
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