Quinta, 04 Julho 2019 18:33

Classificadores funcionais equilibram as competições Destaque

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O trabalho dos classificadores funcionais é fundamental para a realização das competições O trabalho dos classificadores funcionais é fundamental para a realização das competições Foto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

Com 9 modalidades esportivas adaptadas, os Jogos Escolares Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc) são hoje um dos principais programas de inclusão social por intermédio do esporte em Santa Catarina. Os Parajesc abrangem mais de 300 atletas com deficiência física (DF), visual (DV) e intelectual (DI). O evento é classificatório para as Paralimpíadas Escolares, que acontecem anualmente em São Paulo.

Você sabia, porém, que num evento como os Parajesc, as competições não se dividem apenas por deficiências, mas também pelo grau de cada uma delas? Para isso, a organização do evento conta com classificadores funcionais. São profissionais da área da Educação Física, da Fisioterapia ou da Medicina, com curso especializado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

É a atividade de classificação que estabelece quem pode competir contra quem de forma justa. Assim, algumas modalidades se desdobram por suas classificações, estabelecendo competições diferentes numa mesma modalidade, e outras exigem equipamentos ou posturas que mantenha os competidores em igualdade.

A classificação é atribuída por número, acompanhados por letras que definem a modalidade. No atletismo, são usadas as letras F (field – campo em inglês) ou T (track – pista). Os DV recebem números de 11 a 13, os DI têm o número 20 e os DF recebem de 31 a 57, considerando anões, amputados, cadeirantes etc.

No basquete em cadeira de rodas, os atletas recebem uma classificação funcional de 1 a 4,5 pontos, conforme comprometimento motor: quanto menor o comprometimento do atleta, maior a pontuação. Durante o jogo, a soma dos pontos dos cinco jogadores no time não pode ultrapassar os 14.

Na bocha paralímpica, destinada a atletas com paralisia cerebral as classificações são BC1, BC2, BC3 e BC4, que vão desde atletas que conseguem arremessar a bola àqueles que têm maior dificuldade de arremesso, necessitando para isso de uma rampa para bolas (calha) e até mesmo, quando não possui movimentos nos braços, de um capacete adaptado com haste para impulsionar a bola, além do auxílio de um calheiro. A este cabe o direcionamento da calha apenas pela comunicação do atleta, sem que o auxiliar conheça o posicionamento das bolas.

Na natação, a letra “S” antes da classe representa provas de estilo livre, costas e borboleta. As letras “SB” referem-se ao nado peito, e “SM” indica eventos medley individuais. Quanto menor o número, maior a deficiência. De 1 a 10, atletas com deficiências físicas; de 11 a 13, atletas com deficiências visuais (11 tem pouca ou nenhuma visão); e 14, atletas com deficiência intelectual.

No tênis de mesa, há 11 classes. Quanto maior o número, menor o comprometimento físico-motor. “TT” antes do número de classificação indica a modalidade. Numeração de 1 a 5 classifica atletas DFs cadeirantes; de 6 a 10, andantes; e 11 DIs.

As demais modalidades são realizadas com pequenas adaptações ou nenhuma, senão visando somente às disputas o mais possível justas.

 

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

Lido 1924 vezes Última modificação em Sexta, 05 Julho 2019 02:16