Sábado, 18 Abril 2020 21:06

Godinho: Quanto mais desafios, mais daremos soluções Destaque

Escrito por 
Avalie este item
(0 votos)
“Tivemos de repensar a fórmula para salvar o calendário sem nenhum prejuízo” (Rui Godinho) “Tivemos de repensar a fórmula para salvar o calendário sem nenhum prejuízo” (Rui Godinho) Foto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

Rui Godinho retrata uma Fesporte mais efetiva e o uso do orçamento de forma mais assertiva depois da crise do coronavírus.

Em entrevista a Mário Cesar Tomasi, pela Rádio Chapecó, na sexta-feira (17), Rui Godinho reafirmou a realização dos dez grandes programas esportivos de seu calendário.

Ele destacou o prejuízo que acarretaria ao esporte catarinense, em especial a técnicos e atletas, muitos dos quais podem desistir da carreira em decorrência de uma parada muito longa, caso não houvesse o cumprimento do calendário 2020. “Vamos cumprir o calendário na sua íntegra, sem preterir nenhum dos dez grandes eventos”, enfatizou Godinho. “Se não fizéssemos esse calendário, o prejuízo seria muito grande a atletas, técnicos, e talvez, no ano que vem nós não tivéssemos ainda a bolsa-atleta e a bolsa-técnico, [...] estaríamos sepultando o esporte catarinense”, completou.

 

Confira aqui o áudio com a entrevista na íntegra

 

 

Para possibilitar o cumprimento do calendário, o presidente da Fesporte explicou que foram feitas adaptações de forma a reduzir a duração do evento. A fórmula consiste em diminuir o número de classificados para a etapa estadual e mudando o sistema de grupos para o de mata-mata. Assim, modalidades que aconteceriam em cinco ou seis dias, passam a se concluir em três.  “Tivemos de repensar a fórmula dos jogos e até mesmo quebrar as estruturas que já eram de anos. Para salvar o calendário sem nenhum prejuízo, nós o tornamos muito mais rápido”.

Os custos também serão bastante minimizados. “No ano passado, usamos 12 milhões de reais para realizar nossos eventos. Neste ano será abaixo de 6 milhões. Será uma redução de mais de 50%. E os municípios também poderão reduzir seus custos em torno de 30% a 50%”, explicou o gestor.

Outro fator observado por Godinho diz respeito a acabar com o uso de escolas como alojamento. Segundo ele, era uma mudança que ele já propunha e que, agora em função do coronavírus, deverá ser empregada. “Não serão mais utilizadas as escolas como alojamento. Não podemos permitir que o esporte conflite com a educação”, disse ele.

Essas alterações na formatação e estrutura dos eventos levaram à queda de todas as sedes definidas no calendário 2020, sobretudo levando em conta que as aulas também não poderão parar. O presidente da Fesporte explicou que, com a proposta de não usar escolas como alojamento, os municípios ficariam encarregados alojar as delegações. Por isso, foram encaminhados ofícios aos todos os municípios explicando a situação. “Agora precisamos nos adaptar. O que era mais importante, manter as sedes ou realizar os jogos, atendendo a comunidade esportiva? Tivemos que tomar a decisão”, concluiu o dirigente da Fesporte.

Segundo ele, o novo formato do esporte será apresentado para todo o estado mais detalhadamente. “É nos momentos de crise que saem grandes soluções e que a gente repensa nossos projetos. Quanto maior o desafio, mais apresentaremos soluções. Vamos trazer efetividade para a Fesporte e assertividade no uso do dinheiro público”, disse Godinho em tom bastante positivo.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

Lido 2495 vezes Última modificação em Segunda, 04 Julho 2022 16:25

Mídia