Segunda, 27 Julho 2015 16:55

Atletas mais rápidos são de Blumenau e Balneário Camboriú Destaque

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Anny de Bassi, de Balneário Camboriú, mesmo com deficiência física conseguiu ser atleta mais veloz dos Joguinhos ao vencer os 100 metros Anny de Bassi, de Balneário Camboriú, mesmo com deficiência física conseguiu ser atleta mais veloz dos Joguinhos ao vencer os 100 metros Foto: Antonio Prado

A modalidade do atletismo dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina finaliza somente nesta terça-feira (28) em Itajaí, mais já consagrou os dois atletas mais velozes da competição: Willian Schramm Deshamps, de Blumenau, e Anny Caroline de Bassi, de Balneário Camboriú. Os dois acompetidores foram os vencedores da prova dos 100 metros rasos, a mais veloz do atletismo. Wilian foi ouro com o tempo de 10s62 com direito a recorde e Anny cravou 12s12.

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“Eu nem acreditei quando o sistema de som anunciou que eu era o recordista da prova. Me arrepiei todo”, relembra o velocista blumenauense. “Já eu até que esperava esta medalha de ouro, mas agente sempre tem um receio que ela não possa vir”, admitiu Anny.

Quem viu os dois velocistas só sorrisos no pódio de premiação na pista do complexo esportivo de Itajaí nem imagina o esforço de ambos para estarem no lugar mais alto do pódio e ser destaque entre 394 atletas dos 45 municípios participantes.

Hoje, com 18 anos, Willian começou a se destacar no atletismo há três anos. Conheceu a modalidade nas aulas de educação física do Colégio Madre Francisca Lampel, em Gaspar, onde estudava e morava na época. Começou ganhando medalhas nos Jogos Escolares de Santa Catarina (Jesc) e hoje, segundo ele, já são mais de 40, a maioria de ouro. “Mas, a mais importante foi essa dos Joguinhos, pois Joguinhos são Joguinhos e não é todo o dia que se bate um recorde dos 100 metros nesta competição”, diz com orgulho.

 O blumenauense Willian Schramm Deshamps bateu o recorde nos 100 metros (Foto: Antonio Prado)

Já Anny teve que passar por muitos obstáculos na vida até ser uma campeã. Ela é portadora de uma deficiência chamada Síndrome de Poland, que lhe atrofiou o músculo peitoral e do braço direito (este mais curto 8cm e mais fino) fazendo com que tenha apenas um dedo na mão direita.  Ou seja, mesmo com deficiência física, conseguiu ser a atleta mais veloz da competição.

Para competir em igualdades de condições com as outras atletas e não sair em desequilíbrio na hora da largada Anny, de 17 anos, usa um no bloco de aço de oito centímetros de altura como apoio. O bloco, na verdade, é usado como peso da porta do seu quarto.

"O atletismo salvou minha vida"

“Antes de conhecer o esporte me sentia inferior. Ficava incomodada de ver as pessoas me olhando, vendo minha deficiência. Chegava em casa e só chorava. O atletismo me salvou, pois mostrou que posso ser uma campeã”. Anny  tem em seu currículo mais de 30 medalhas, a maioria delas de ouro, entre as quais a de campeã dos 100 metros dos Jogos da Juventude, a Olesc, edição do ano passado em Criciúma.

Na etapa nacional da competição do ano passado em João Pessoa, na Paraíba, Anny ficou entre as cinco melhores do Brasil na faixa etária de 15 a 17 anos. O feito lhe garantiu uma reportagem especial do Globo Esporte nacional, da Rede Globo, e entrevista com a equipe do Caldeirão do Huck

Os Joguinhos Abertos de Santa Catarina são uma promoção do Governo do Estado em parceria com a prefeitura de Itajaí.

Mais Informações

Antonio Prado

 

(48) 8802-6938

Lido 3149 vezes Última modificação em Segunda, 27 Julho 2015 18:09