A 13ª edição das Paralimpíadas Escolares teve a cerimônia oficial de abertura realizada na noite desta terça-feira (19), no pavilhão Oeste do Parque de Exposições Anhenbi. Cerca de 2 mil pessoas estiveram presentes, além de autoridades federais, do Estado de São Paulo e da capital, co-promotores do evento, dos estados participantes e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Aproximadamente 1.200 atletas participam desta edição do maior evento do mundo para crianças com deficiência, na faixa de 12 a 17 anos. O evento, que acontece desde 2006, já revelou importantes atletas paradesportivos para o Brasil. O vice-presidente do CPB lembra alguns nomes como o da paulista Verônica Hipólito, campeã mundial e medalhista no Rio 2016 na classe T38 nas provas de velocidade do atletismo, e o do paraibano Petrúcio Ferreira campeão paralímpico na prova de atletismo dos 100m rasos, na classe T47, no mês de novembro, em Dubai.
Outro nome que surgiu na abertura foi o de Fabrício Júnior Ferreira. Ele é natural de Mato Grosso do Sul, mas se mudou para Santa Catarina aos 10 anos. Residindo em Itajaí, começou a praticar as provas de velocidade do atletismo (100m, 200m e 400m), e também passou pelas Paralimpíadas Escolares, conquistando ouro em 2014 e 2015. Recentemente também conquistou ouro na prova de 100m da classe T12, no mundial em Dubai. “Hoje o esporte paradesportivo tem ganhado mais ênfase. Em especial, as Paralimpíadas Escolares mostram a importância do esporte escolar na formação de uma carreira futura”, ressaltou o atleta.
Atletas catarinenses são motivados pela visita do campeão Fabrício Júnior Foto: Heron Queiroz
O vice-presidente do CPB, Ivanildo Brandão, destacou que, considerando as seletivas nos 26 estados e no Distrito Federal, cerca de 15 mil pessoas são envolvidas. “Parte do sucesso Brasileiro nos eventos paradesportivos tem o DNA das Paralimpíadas Escolares. Se o Brasil quiser se manter entre as 10 principais potencias mundiais, tem de fomentar as práticas esportivas na escola. É na escola que começa o processo de transformação do país”, completou Brandão.
A cerimônia trouxe também a premiação do Concurso Cultural das Paralimpíadas Escolares, que teve como tema “ídolo paralímpico” expresso em desenho ou redação, em cada uma das regiões brasileira. Da região Sul, a vencedora foi a catarinense Isabelle Garcia Velasquez, atleta de natação, de Blumenau. Ela também foi a responsável por conduzir a bandeira do Estado representando a delegação catarinense no desfile de abertura.
Os atletas, que já estão na capital paulista desde segunda (18), começam na quarta (20) a disputa por medalhas. As competições acontecem até sábado (23) nas modalidades de atletismo, badminton paradesportivo, basquete em cadeira de rodas, bocha paralímpica, futebol de sete, golbol, judô, natação, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, vôlei sentado, handebol em cadeira de rodas e futebol de cinco. Essas duas últimas não têm participação dos catarinenses.
Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte