Mimadinha em casa, durona no Judô. Esse foi o combinado entre a pequena Amelí e seu pai Carlos Eduardo Teixeira, o grande incentivador para que ela treinasse Judô. Em sua primeira competução, Amelí Teixeira conquista a medalha de ouro nas Paralimpíadas Escolares 2022 no Judô. 

A menina, Amelí Teixeira, 12 anos, natural de Lontras, nasceu prematuramente com 6 meses e por conta do excesso de oxigênio desenvolveu a doença denominada retinopatia da prematuridade que levou Amelí a ter deficiência visual. 

Amelí iniciou no judô em 2021 com o professor Alexandre Duarte, após o pai incentivá-la a praticar tal modalidade. Para ele, um ex judoca, era a possibilidade de Amelí superar alguns desafios do cotidiano. 

É a primeira competição nacional de Amelí e para a mãe, Priscila Aparecida Theis, tudo isso tem ajudado a filha a ter mais autonomia e ser mais forte na vida. “O esporte é muito importante para ela saber lidar com os obstáculos da vida. O judô é um estímulo para o físico e para a mente”, afirma Theis. 

E em seguida afirmou que, “toda essa logística está sendo uma experiência incrível para Amelí. Conhecer as pessoas que ela conheceu aqui e ter a mesma experiência de vida parecida com a dela, é muito além do esporte. Eles se sentem valorizados como indivíduos e como cidadãos”, finalizou. 

Equipe de Judô de Santa Catarina - Amelí, o treinador Alexandre Duarte e Heloisa.        Foto: Delamare de Oliveira Filho (Ascom/Fesporte)

 

Já o treinador, o professor Alexandre Duarte, destaca a oportunidade que as crianças com deficiência visual têm ao praticar esporte. Essa inclusão faz com que tenhamos adultos diferenciados e independentes.

“Elas se sentem úteis e importantes. Observem Amelí. Para ela foi uma quebra de paradigma. A menina delicadinha, praticando judô, um esporte de contato. Ela achou o espaço dela e vem conquistando os seus resultados. É muito  gratificante oportunizar esses momentos para Ameli e para outras crianças”.

Um dos momentos mais emocionantes foi no momento da entrega da medalha de ouro. Ao receber a medalha, Amelí notou que havia algo escrito em Braille. 

Ao se deparar com tal surpresa, ela tocou o objeto conquistado, fez a leitura em Braille, suspirou forte e exclamou com entusiasmo, “ouro 2022. Que legal eu ganhei ouro”. 

Amelí com sua medalha de ouro nas Paralimpíadas Escolares         Foto: Delamare de Oliveira Filho (Ascom/Fesporte) 

 

Com a linguagem do Braille, Amelí pôde ter a sensação de ser a medalha de ouro no judô, categoria até 41kg nas Paralimpíadas Escolares 2022. Como sua mãe, Priscila, explanou dias antes ao conversarmos com ela e a filha sobre a competição, “o deficiente visual só enxerga aquilo que as mãos tocam”.

 

Na noite dessa terça, 22, aconteceu no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, a cerimônia de abertura oficial da etapa nacional das Paralimpíadas Escolares 2022, maior evento do mundo para jovens com deficiência.

A delegação de Santa Catarina, uma das maiores, é composta por mais de 150 integrantes, incluindo paratletas, treinadores, staffs, guias, tapers, fisioterapeuta e assessoria de imprensa.  

Após uma breve fala de dirigentes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB),houve o desfile das unidades federativas representadas na atual edição das Paralimpíadas, com suas respectivas bandeiras. A atleta Aline Jordânia, de Tocantins, acendeu simbolicamente, a pira, para iniciar oficialmente o evento.  

Para o Gerente de Esportes de Participação da Fesporte e Chefe da Delegação de Santa Catarina, Willian Scheffer Santos, as paralimpíadas escolares têm um papel muito importante no fomento da prática esportiva. “Esse evento, impacta diretamente na vida dessas crianças e jovens, pois essa competição traz mais autonomia, melhora a autoestima e o desenvolvimento desses atletas, além de influenciar todo o núcleo familiar dos envolvidos”.

A atleta Luana Mendes, 17 anos, que conduziu a bandeira do estado de Santa Catarina na cerimônia de abertura, destacou sua alegria por participar desse momento e afirmou que foi um momento bastante gratificante por representar o para desporto catarinense numa solenidade tão importante. “Espero que muitas outras garotas que apresentam alguma deficiência, um dia possam ter experiências parecidas com a que tive. As pessoas precisam ir atrás de seus objetivos e sonhos, independentemente se envolvidas no esporte ou não”, concluiu Mendes.

       Entrada da Bandeira de Santa Catarina, conduzida pela atleta Luana Mendes                          Foto: Divulgação CPB.

 

As competições nessa edição desse evento serão realizadas nas seguintes modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5, futebol de PC, goalball, halterofilismo, judô, natação, parabadminton, parataekwondo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa e volei sentado.  

Santa Catarina terá atletas em 10 modalidades, com exceção do parataekwondo, halterofilismo e basquete em cadeira de rodas e futebol de 5. 

A etapa nacional das Paralimpíadas Escolares que iniciam hoje acontece após a realização das etapas regionais, ocorridas em Brasília, Natal e São Paulo. Essa edição conta com cerca de 1300 atletas de 25 estados e o Distrito Federal, com exceção do Piauí.  

As Paralimpíadas Escolares tiveram a sua primeira edição em 2009. Desde 2016, as competições acontecem nas dependências do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Uma das novidades das Paralimpíadas Escolares 2022 será a transmissão, de maneira inédita, das provas de basquete em cadeira de rodas (formato 3x3), goalball e vôlei sentado por meio do Tik Tok do CPB.

Pela rede social, será possível acompanhar as disputas de goalball nesta quarta-feira, 23, das 15h às 16h; as de basquete em CR (3 x 3) na quinta-feira, 24, das 10h às 11h; e as de vôlei sentado na sexta-feira, 25, também das 10h às 11h.

Os resultados de todas as modalidades poderão ser conferidos nos boletins diários (www.cpb.org.br) ou pelo app CPB Resultados. 

Na manhã dessa sexta, 18, a equipe de Caçador confirmou o favoritismo, venceu Criciúma na final por 2 a 0 e conquistou a medalha de ouro e o troféu de campeã do futebol feminino da 61ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina. 

Após uma partida muito equilibrada, marcada pelo forte calor, Samhia e Raquel fizeram os gols que deram o título à equipe de Caçador. Com a equipe que disputa o campeonato estadual e brasileiro da modalidade, Caçador veio para os Jasc como favorita ao título. 

Ao longo da competição, a equipe fez uma campanha bastante consistente, terminando a fase de grupos em primeiro lugar do grupo com duas vitórias (Caçador 8 x 0 Florianópolis;  Caçador 4 x 0 Criciúma). Na semifinal, a equipe de Caçador venceu Chapecó por 2 a 0, garantindo vaga na grande final. 

Nessa edição dos Jasc, Caçador marcou 16 gols e não sofreu nenhum, terminando o torneio com o melhor ataque e a melhor defesa. 

        Treinadora Carine Bosetti comemora com a equipe                    Créditos: Delamare de Oliveira Filho (Ascom/Fesporte)

 

A treinadora Carine Bosetti, valorizou muito a dedicação e o empenho das meninas. “Estou muito feliz pela atuação da equipe durante a competição. Uma ótima conquista para Caçador e para o Avai que é o grande gestor desse projeto”. 

Destacou ainda a união e o foco da equipe, pontos fortes do grupo. “Acredito que a equipe entrou bem focada com bastante intensidade em todos os jogos, conseguindo manter uma regularidade”, finalizou Bosetti. 

Samhia Simão, mineira, autora de um dos gols na final,  estreando nos Jasc e ganhadora do primeiro título com a equipe de Caçador, agradeceu suas companheiras, a treinadora e ressaltou a importância de um trabalho conjunto que vem sendo desenvolvido ao longo de todo o ano. 

“Aproveito para agradecer a Deus, a minha família, minhas companheiras e a treinadora que desde o início do ano está conosco para que possamos desempenhar o melhor dentro de campo”, ressaltou Samhia. 

 

 

 

A equipe de Jaraguá do Sul vence Blumenau por 3 a 0 e conquista a medalha de ouro e o troféu de campeão do futsal masculino na 61ª  edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina. 

Chapecó ficou com a medalha de bronze ao vencer Saudades na disputa de pênaltis por 5 a 4, após empatarem em 2 a 2 no tempo regulamentar. 

Antes do jogo, a expectativa era fazer um grande jogo, vencer a partida e conquistar o ouro. Depois da partida a alegria e a sensação da vitória. Mais do que isso, a sensação de ser tricampeão no mesmo lugar, no mesmo Ginásio do Sesi. 

Isso mesmo! Guilherme Orofino, atleta de Jaraguá do Sul, se tornou tricampeão no mesmo ginásio. Momentos que só o esporte proporciona. 

         Guilherme Orofino e suas conquistas                            Delamare de Oliveira Filho (/Ascom/Fesporte)

 

Em 2017, Guilherme foi campeão da Olesc por São José; em 2019, campeão dos Joguinhos Abertos por Jaraguá e agora campeão dos Jasc também por Jaraguá. Todas os feitos no mesmo Ginásio do Sesi, palco da final de ontem do futsal masculino da 61º Jasc, em Rio do Sul. 

Ao ser questionado se em algum momento pensou sobre essa possibilidade, Guilherme respondeu com entusiasmo: “é uma sensação incrível. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginava passar por isso. É a melhor sensação do mundo, agora é comemorar”.

Airton Luiz Schiochet, o Ito, supervisor de esportes de Jaraguá do Sul, esteve presente nesses três momentos. No primeiro observou Guilherme comemorar o título da Olesc com a equipe de São José. Na segunda conquista, Guilherme estava ao seu lado em Jaraguá do Sul, conquistando os Joguinhos Abertos. 

Após a partida de ontem e o ouro dos Jasc, Ito enalteceu o talento do garoto e expressou a vontade para que o atleta continue em Jaraguá. “Guilherme é um garoto muito dedicado. Eu espero que ele continue em Jaraguá e continue ganhando títulos. Esse ginásio traz boas lembranças para Jaraguá”. Ito também agradeceu a organização e o empenho de toda a equipe que faz os Jasc acontecer. 

Airton Schiochet (Ito) e o atleta Guilherme comemoram a façanha      Delamare de Oliveira Filho (/Ascom/Fesporte)

 

É importante ressaltar também a presença de dois craques da seleção brasileira de futsal no grupo de Jaraguá do Sul. O goleiro Tiago e o capitão da equipe Leco. 

Leco valorizou muito essa conquista e ressaltou a importância do planejamento para a disputa dos Jasc. “O Jaraguá Futsal e a Prefeitura valorizam muito essa competição. Conseguimos um título importantíssimo para nosso projeto. Represento com muita gratidão Jaraguá do Sul”. 

Em seguida, Leco destacou a força e a competitividade do futsal catarinense: “Essa competição é muito importante, pois reúne as cinco principais equipes do futsal catarinense que jogam a liga nacional, Joinville, Blumenau, Tubarão, Joaçaba e Jaraguá. Vencer a forte equipe de Blumenau, treinada pelo Paulinho, representa muito para nós ”. 

Com essa medalha, Jaraguá se torna octacampeã do futsal dos Jogos Abertos de Santa Catarina. O município conquistou o título nos anos de 1999, 2001, 2002, 2003, 2007, 2010, 2011 e 2022.

 

 

Nessa tarde de quarta, 16, a equipe de Blumenau conquistou a medalha de ouro e o troféu de campeão do volei masculino da 61ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina, em Rio do Sul. 

Após uma partida equilibrada, Blumenau superou Chapecó por 3 sets a 1, parciais, 25/14; 21/25; 25/17 e 25/18. 

Na disputa pela medalha de bronze, Timbó venceu Xanxerê por 3 a 0 e completou o pódio. 

Para o treinador André, da equipe campeã, classificou a vitória como importantíssima, que consolida todo um trabalho. “E equipe da Apan respeita muito o Jasc e essa competição está sempre me nosso planejamento. Estou muito contente com o que a equipe apresentou, ninguém se poupou e foi uma conquista muito bonita”, destacou. 

O atleta Tiago Brendle, formado na base de Blumenau e que desde a adolescência atua por esse município, sendo campeão da Olesc, dos Joguinhos, dentre outras competições, valorizou muito essa conquista e afirmou que é muito grato por tudo o que vivenciou no volei em Santa Catarina. 

“Eu tenho muita gratidão pelo estado de Santa Catarina, me federei em 1999 e desde então atuei em diversas competições. Vencer o Jasc pela segunda vez é uma satisfação muito grande e tudo isso representa minha gratidão para com Blumenau e com o Estado”, finalizou.  

 

Em seu primeiro salto, Letícia Oro, de Joinville, estabeleceu o novo recorde da prova do salto em distância, com a marca de 6,40 metros. Além do recorde, Oro conquistou mais uma medalha de ouro para sua galeria.

 

Andriele Raiana Zander, de Tubarão, saltando 5,78 metros, ficou com a medalha de prata e Eliane Martins, de Joinville, com a medalha de bronze com o salto de 5,57 metros.


Letícia é campeã brasileira em 2022, campeã sul-americana em 2021, foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo de 2022 em Eugene, Estados Unidos.

O recorde da prova era da também joinvilense, Aline Ferreira de Figueiredo, que obtinha a marca de 6,14 metros, estabelecido em 01 de novembro de 1995, nos Jasc em Blumenau.

 

Após a prova, Letícia Oro ressaltou estar muito feliz com esse resultado, após um período breve de férias. “Estou muito feliz e muito confiante. Semana que vem retomo meus treinos para me preparar bem para o mundial de 2023 e chegar na marca dos 7 metros”, destacou a recordista.

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