No masculino, atletas mais velhos compondo a maioria dos times. No feminino, jovens e adolescentes entrando em quadra para representar suas cidades. Esse foi o panorama do torneio de vôlei no primeiro dia da regional Oeste dos Jogos Abertos de Santa Catarina, em Xaxim. Foram cinco jogos, sendo três no masculino e dois no feminino. Maravilha, no masculino, foi a única equipe que não entrou em quadra e fará sua estreia no sábado.
Os homens abriram os trabalhos na quadra do Ginásio Esportivo Pedro Ivo Campos pela manhã com a vitória de Xanxerê sobre Paial por 3 a 0 (25/13, 25/15, 25/13), dois times experientes. À tarde, alguns jovens atletas dividiam a quadra com veteraníssimos de JASC, como o caso de Jackson Welter, de Cunha Porã, time que conta com uma base montada há mais de duas décadas. “Boa parte da equipe joga desde os 9 anos juntos, então alguns já competem juntos há mais de 20. A molecada estava desinteressada durante um tempo, acabam escolhendo pelo futebol ou futsal e os que sobram vêm para o vôlei, mas agora estão surgindo alguns sub-14.”
No terceiro jogo do dia, o time de Jackson venceu São Carlos por 3 a 1 (20/25, 25/18, 25/11, 25/15), uma das poucas equipes jovens da competição, formada há pouco tempo. “Lá o vôlei de quadra estava meio esquecido porque o de areia é mais forte, mas nesse ano começamos a treinar duas vezes por semana e a tendência é melhorar já que o grupo está fechado”, contou o atleta são carlense Everton Birk.
Além deles, Chapecó (time favorito à única vaga para a etapa estadual) conta com uma equipe masculina jovem, mas em uma condição diferente dos demais times, já que conta com mais investimentos. Nos demais casos, muitos vieram com dificuldades e poucos recursos, mas com o objetivo de estimular a paixão pelo vôlei entre os mais novos.
Esse é o caso de Marcos Simioni, atleta de Concórdia de 46 anos. “Ficamos em sexto nos Jasc estadual no ano passado, mas não conseguimos manter o time e perdemos algumas peças quando nossa expectativa era ficar mais forte. Viemos com um time que nunca treinou junto justamente porque amamos isso aqui”, contou após a derrota para os favoritos por 0 a 3 (10/25, 15/25, 20/25).
No feminino, a nova geração toma conta
A competição feminina do vôlei conta com grupo único de quatro equipes, todas jogam contra todas e a vencedora é quem fica com a vaga. Chapecó também é favorito, conta com investimentos, mas tem adversárias da nova geração buscando seu espaço. Elas venceram o time feminino de São Carlos por 3 a 0 (25/7, 25/13 e 25/9) nessa sexta, mas é no sábado que enfrentam o adversário mais forte.
O município de Saudades conta com cerca de 10 mil habitantes, o que não impede de ter uma equipe de vôlei de respeito. O projeto desenvolvido apenas entre as meninas já revelou três jogadoras que hoje estão no interior de São Paulo e já competiram os Jasc.
Apesar de focar nas atletas com idade escolar, nos Jasc, a professora e treinadora Caroline Hister saiu do banco e veio para quadra reforçar o jovem time. Mas não se engane, ela tem apenas 26 anos e também é cria do projeto, o qual ajuda a dar continuidade com o professor e treinador Marcio Rauber. “Lá a gente trabalha desde cedo com essas meninas, conseguimos essa renovação e os resultados aparecem”, contou Hister se referindo ao tricampeonato da Olesc.
Na estreia, elas venceram Cunha Porã por 3 a 0 (25/19, 25/12, 25/17) outro time jovem com algumas jogadoras mais experientes. Sinais de renovação no vôlei feminino do oeste do estado.
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Texto: Lucas Inácio
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