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Canderoi e Letícia: corações que se encontram nos Parajasc

Delegação se preparando para os Parajasc e, na atualidade, nada mais normal do que a criação de um grupo no WhatsApp para ajudar na organização. E foi no grupo de Itajaí que Canderoi da Conceição e Letícia da Oliveira, há 15 dias, tiveram os primeiros contatos. Os tratamentos amigáveis levaram a expressões como “bebê” e “vida”. A partir daí não foi difícil chegar à paixão.

Ele tem 22 anos, natural de Itajaí, é deficiente físico, com dificuldade de movimentos nos membros esquerdos em decorrência de um derrame cerebral durante o nascimento. Vivendo com a avó, Canderoi faz curso para acessar o mercado de trabalho e está aprendendo computação. 

Ela tem 21, natural de Carlos Barbosa (RS) e moradora de Benedito Novo, é portadora de nanismo. Trabalha como vendedora de planos de internet na Unifique, em Timbó. Também defende a cidade de Itajaí no atletismo dos Parajasc.

Letícia foi ouro no arremesso do peso e no lançamento do disco, nesta quinta (17), e ainda busca mais uma medalha, no lançamento do dardo. Canderoi participou dos 100m, 200m e 400m rasos. Nesta última, conseguiu o bronze. Mas certamente o que se conquistou para ambos vai muito além das medalhas dos Parajasc.

É só o início de um caminho, que pode ser longo e vitorioso...                                                                       Foto: Heron Queiroz

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Florianópolis e Blumenau faturam o golbol dos Parajasc

No céu de Caçador uma chuva forte, com direito a granizo, deu o tom do clima nesta quinta-feira, 17, no terceiro dia de competição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), mas em quadra os gritos de campeões foram tão fortes quanto os trovões que assustaram alguns moradores. No golbol, esporte exclusivo para cegos, Florianópolis levantou o troféu de campeão no masculino e Blumenau no feminino.

O ginásio do Colégio Bom Jesus foi o cenário da conquista. Na partida que garantiu o titulo os florianopolitanos venceram por 13 a 6 a Blumenau, que, com duas vitórias e duas derrotas, ficou em terceiro lugar, com o vice-campeonato ficando para Xanxerê, que fechou a competição com três vitórias e um derrota.

Atletas de Blumenau comemoram o título (Foto: Antonio Prado/Fesporte)

Florianópolis faz a festa pelo título no masculino (Foto: Antonio Prado/Fesporte)

“Viemos treinando desde o início do ano e hoje conseguimos colocar em prática o que treinamos”, destacou o campeão Leandro de Oliveira. 

Entre as mulheres Blumenau fez a final com Joinville, com o placar de  12 a 2 para as blumenauenses.

“Os Parajasc significam muito para nós. Lutamos muito para conquistar este título. Essa conquista é tudo pra nós”, comemorou a campeã blumenauense Márcia D’Àvila.

A etapa estadual dos Parajasc é uma promoção do Governo de Santa Catarina, por meio da Fesporte, em parceria com a prefeitura de Caçador.

Texto: Antonio Prado/Ascom Fesporte

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Jean Carlo é garantia de medalhas no tênis de mesa

Oito medalhas de ouro e duas de prata, este é o saldo que traz Jean Carlo Oliveira Padilha de suas dez participações no tênis de mesa para cadeirantes dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina, os Parajasc. A oitava medalha dourada foi conquistada nesta 15ª edição do evento, ao vencer o representante de Itapoá por 3 a 0, no Ginásio Estadual de Caçador.

Aos 44 anos o criciumense é um dos principais mesatenistas brasileiros em sua categoria, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional. Além disso, foi considerado o melhor do ano na Copa Brasil, realizada em setembro, em Cuiabá. Jean ainda foi ouro por equipe e prata no individual no Circuito Mundial realizado no Chile em 1916. Já na edição de 2018, realizada na Costa Rica, foi prata por equipe.

Dentre outros eventos, Jean Carlo ainda se prepara para a Copa Tango, Circuito Mundial que acontece em Buenos Aires de 20 a 25 de novembro.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Parajasc: superar limites e amor ao esporte em estado puro

Para eles não importa as limitações do corpo. Seja a deficiência física, visual ou intelectual. Superação não é apenas um clichê. Para eles os Parajasc são muito mais que isso. É o amor ao esporte em estado puro. Em vídeo assista aos melhores momentos atletismo 2ª etapa dos Parajasc, quarta-feira, em Caçador. Imagens: Antonio Prado/TV Fesporte

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Nunca é tarde para ser bom de bola e professor

Morando só com o avô em Quilombo e com dificuldade em se comunicar, em decorrência de déficit intelectual, Diogo Meira Sagaz passou parte da vida isolado.Foi somente aos 18 anos de idade que ele começou a acompanhar os jogos de futsal, até ser convidado para participar da escolinha do Departamento de Esportes de Quilombo.

Primeiramente, Diogo começou a mostrar desenvoltura no gol, e logo, canhoto e de bom domínio de bola, mostrou que tinha habilidade para também jogar na linha. Hoje é uma peça importante no esquema de jogo do futsal de Quilombo, que pela primeira vez disputa os Parajasc nesta modalidade.

E Quilombo estreou bem no futsal para deficientes intelectuais (DI) dos Parajasc. Depois de aplicar uma goleada de 6 a 3 sobre Joinville, na tarde de terça (15), a equipe voltou a vencer bem na quarta, fazendo 8 a 1 no time de Jaraguá do Sul. Baixinho, mas de muita força física, Diogo faz com perfeição o trabalho de pivô, abrindo espaço para os companheiros finalizarem ou para ele mesmo, com seu chute potente.

Apesar da estreia do time nos Parajasc, Diogo já participa do evento há cerca de oito anos. É que, nas edições anteriores, Quilombo não conseguiu montar um time de futsal DI. E convivendo no Departamento de Esporte, Diogo foi treinado também para jogar tênis de mesa, modalidade que também não teve dificuldade de aprender e que o levou ao bronze nos Parajasc de 2012.

E se Diogo não tem dificuldade de aprender, ganhar uma bolsa de estudos integral na Unoesc de Chapecó não foi difícil. Atualmente, aos 24 anos, ele cursa a oitava fase da faculdade de Educação Física. Por praticamente não falar, ele dispõe de um segundo professor, Jackson da Silva, oferecido pela universidade para auxiliar no estudo, não só no que Diogo precisa entender, mas, principalmente, naquilo que precisa expressar. 

A falta de fala não impede o garoto de ser sociável. Pelo contrário, com um estilo contagiante, que, por exemplo, o faz comandar um jogo por gestos, Diogo demonstra que conhece do assunto. Tanto é que sonha em ser professor e cumpre estágio na escolinha do Departamento de Esportes de Quilombo, ao lado do professor e árbitro de futsal Eider Lanzzarin.

“A deficiência é uma limitação em apenas uma situação, mas que pode ser compensada em outros valores e qualidades. Pessoas deficientes são mais humanas, mais educadas e carinhosas. Nós temos de aprender com eles, e não eles conosco. Depois que passei a trabalhar com o paradesporto, mudei minha forma de atuar, com mais calma e tolerância”, observou Lanzzarin com orgulho.

"Depois que passei a trabalhar com o paradesporto, mudei minha forma de atuar" (Eider Lanzzarin)                           Foto: Heron Queiroz

Mas a principal comunicação no convívio com Diogo está no sorriso fácil e convincente de seus momentos felizes, que não escondem verdades, como quando o professor Lanzzarin comenta que as coisas que ele mais curte, além do futsal e o tênis de mesa, são uma boa partida de truco e uma festa para se divertir e dançar.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Parajasc: Comerciantes de Caçador comemoram vendas

Comerciantes de Caçador comemoram a movimentação financeira no comércio local durante os cinco dias de competição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc). O torneio, que começou dia 15 e vai até o sábado, dia 19, é disputado por cerca de 2 mil atletas, que juntamente com treinadores, dirigentes, imprensa e pessoal da organização, envolve quase três mil pessoas.

Os integrantes da Fesporte, organizadora dos Parajasc, juntamente com a prefeitura de Caçador, estimam que devam circular no comércio caçadorense cerca de R$ 3 milhões durante os Jogos.

Time campeão do handebol em cadeira de rodas de Chapecó almoça em restaurante de Caçador (Foto: Antonio Prado/Fesporte)

Para os proprietários do Check-In Restaurante, José Carlos e Márcia Duarte, eventos como os Parajasc são sempre bem vindos. “Com os Parajasc todos são beneficiados. Os atletas, com o esporte, e nós comerciantes com os nossos serviços”, enfatiza José Carlos.  “Os Parajasc promovem a inclusão social, por meio do esporte, e promove também a economia financeira de Caçador e para nós, que investimos na cidade, isso é muito importante”, destaca Márcia Gonçalves Duarte.

Richard Kidermann, diretor comercial dos três principais hotéis da cidade, comemora a lotação máxima dos 800 leitos disponíveis em todos os hotéis no município. “Os Parajasc vieram para salvar o segundo semestre, pois antes, havíamos feito um prognóstico de vendas com o turismo de negócios que não se confirmou. Aí surgiram os Parajasc lotando não somente hotéis, mas também movimentando bares, restaurantes, postos de gasolinas e supermercados”.

                                                                                 Veja o vídeo sobre o comércio de Caçador e os Parajasc

Hemerson Pegoraro, presidente do Clube de Diretores Lojistas de Caçador (CDL), diz: “percebe-se que, o maior movimento ocorre nos hotéis, restaurantes, supermercados e principalmente no comércio local, pois temos diversos segmentos no comércio de Caçador. Desde esportes, calçados, vestuário entre outros itens”. 

Texto: Antonio Prado/Ascom Fesporte

 

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Chapecó é campeão no handebol DF masculino

Um dos favoritos para conquistar o troféu da modalidade em Caçador, Chapecó confirmou esta condição e foi o campeão nesta terça-feira, 15, do handebol masculino para deficientes físicos (DF) dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc). 

Disputando a modalidade em chave única, composta ainda pelos municípios de Balneário Camboriú e Florianópolis, os chapecoenses venceram seus dois jogos.

Contra a Capital, no primeiro jogo, venceu por 2 a 0 com parciais de 9 a 1 e 6 a 2. Já na segunda partida repetiu os 2 a 0 com parciais de 7 a 0 e 6 a 2. 

A etapa estadual dos Parajasc é uma promoção do Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fesporte, em parceria com a prefeitura de Caçador.

Texto: Antonio Prado/Ascom Fesporte

 

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Risos e lágrimas estampam o pódio do atletismo

Treze provas movimentaram a terça-feira (15), primeiro dia do atletismo, nos segmentos de deficiências auditiva (DA) e intelectual (DI), dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina, os Parajasc, na pista municipal de Caçador. 

Um dos destaques do dia foi a colecionadora de medalhas Cláudia Inocente, a Cuca, que levou mais duas para as mais de 200 que já obteve com a prática de esporte. Cuca foi bronze nos 400 metros rasos e ouro na nos 1.500 metros, somando agora 13 medalhas só nas provas de pistas dos Parajasc.

“Estou feliz por ter conseguido fazer as provas de 400 e 1.500. Treinei duas vezes por semana e consegui fazer um bom resultado nos 1.500, e ganhei um ouro. Nos 400, infelizmente fiquei em terceiro. Meu objetivo era chegar em segundo ou primeiro, mas havia umas meninas mais competitivas. Só preciso treinar mais para os 400. Mas estou feliz sim, porque foi uma competição bem legal”, avaliou Cláudia.

                                                       Assista a emoção de Priscila no pódio ao vencer os 100m T21

A atleta de 40 anos, que cursa a sexta fase de Educação Física em Chapecó, sua cidade natal, sonha em ser professora e ajudar pessoas com deficiência física. “Os Parajasc permitem me valorizar e mostrar o quanto posso vencer. É importante não desistir dos sonhos e alcançar os objetivos. Vale a pena”, disse ela.

O choro da vitória em homenagem a mãe

O momento mais emocionante, contudo, no primeiro dia de atletismo foi o choro da atleta Priscila Manoela Becker, de 20 anos, da cidade de São Bento do Sul. Ela foi primeira colocada na prova de 100 metros rasos para portadores de Síndrome de Down. Chorando, ela dedicou a medalha à mãe, Solange. A princípio uma homenagem comum, até que o técnico Luís Cláudio Ramalho esclareceu que a mãe havia falecido.

“Eu estou feliz. O meu pai está orgulhoso e muito feliz. Ofereço a medalha à minha mãe, porque eu amo muito ela, demais!”, disse Priscila. “A emoção é pelo fato de elas estarem treinando, se dedicando. Vale todo o sacrifício. Contagia todo mundo. Isso não tem preço que pague”, destacou Ramalho.

 

De olho na programação

Além do atletismo, a programação do dia também teve bocha rafa vollo (DA, DF e DV), basquete (DI), futsal (DA e DI) e handebol em cadeira de rodas. Os resultados e programação podem ser acompanhados pelos boletins diários publicados no site oficial da Fesporte (clique aqui para acessar).

Na quarta (16) as competições nos segmentos DI e DA prosseguem em mais uma etapa, isso pela manhã, porque à tarde já acontece a primeira etapa para deficientes físicos (DF) e visuais (DV). Outras modalidades também iniciam: o basquete em cadeira de rodas, a bocha paralímpica, a bocha rafa vollo (DV) e o golbol.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Contexto histórico do deficiente é tema de abertura nos Parajasc

A abertura oficial da 15ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina, os Parajasc, na noite de segunda-feira (14), no ginásio da escola Paulo Schieffler, em Caçador, foi marcada por um emocionante espetáculo, que levou ao público a análise do comportamento humano diante das diferenças, em especial quanto à necessidade de inclusão do portador de deficiência à sociedade. 

A obra, organizada pela Apae de Caçador, foi composta por dançarinos e cantores com deficiência, além de pais e professores, como propósito de expressar história das ações e pensamentos que nortearam a vida das pessoas deficientes, desde os tempos primitivos até os dias atuais. Foi elaborada pelas professoras Marisa Von Hede e Vanda Bazeggio, com a colaboração de Rodrigo Schapieski e João Paulo Almeida, da Cia de Artes Vento Negro.

Assista aos melhores momentos da cerimônia

O presidente da Fesporte, Rui Godinho, falou da emoção proporcionada pela apresentação cultural da abertura e pelo perfil de um evento como os Parajasc, que o torna muito especial. “Estamos buscando fazer tudo que for possível para melhorar os jogos para vocês”, disse ele, destacando ações como o braile nas medalhas e o pódio adaptado.

O prefeito de Caçador, Saulo Sperotto, destacou a importância de voltar a sediar os Parajesc, evento que já havia sido sediado pelo município em 2009. “Devemos parar e refletir e ver o quanto essas pessoas se esforçam para ser melhores, ou para fazerem que nós sejamos melhores. Não elas. Elas já são as melhores. Elas São especiais”, disse Sperotto. 

O fogo simbólico foi conduzido pelo atleta Jucemar Roberval Cardoso Júnior, seis vezes campeão futsal para deficientes intelectuais nos Parajasc. O juramento foi proferido por Antônio Ozair Gonçalves dos Santos,o Totonho,  atleta cadeirante, participante de todas as edições do evento na modalidade de bocha rafa vollo.

Jucemar Cardoso Jr., atleta de futsal, fez o acendimento da pira                                                                                                               Foto: Heron Queiroz

As competições seguem até o dia 19 envolvendo cerca de 2 mil atletas de 71 municípios em onze modalidades, nos segmentos de deficiências auditiva (DA), física (DF), intelectual (DI) e visual (DV). Cinco modalidades já iniciam nesta terça (15): atletismo (DA e DI), bocha rafa vollo (DA, DF e DI), futsal (DA e DI) e handebol em cadeira de rodas.

Os boletins serão publicados no site da Fesporte, ao fim de cada dia de competição, com toda a programação e resultados (clique aqui para acessar) Os Parajasc são promovidos pelo Governo do Estado – @governosc – e realizados por intermédio da Fesporte, em parceria com o Município de Caçador.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

 

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Classificações funcionais iniciam atividades dos Parajasc

Tudo pronto para a abertura da 15ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina, os Parajasc, que acontece na noite desta segunda-feira, em Caçador. Mas as atividades já de organização do evento já começaram. Além do ensaio para a cerimônia, o dia é de bastante trabalho, principalmente para os classificadores funcionais. Esta é uma função de elevada importância para a estrutura competitiva de qualquer evento paradesportivo. Oito classificadores estão atuando nos Parajasc, quatro de Santa Catarina e outros quatro encaminhados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Compõem a grade de competições dos Parajasc 12 modalidades esportivas adaptadas, envolvendo cerca de 2 mil atletas com deficiência auditiva (DA), física (DF), visual (DV) ou intelectual (DI). Não bastam, contudo, essas divisões para estabelecer as partidas e provas paradesportivas. Cada competição é dividida pelo grau de cada atleta, grau este que estabelece a classe em que o atleta irá competir. Para isso, a organização do evento conta com classificadores funcionais. São profissionais da área da Educação Física, da Fisioterapia ou da Medicina, com curso especializado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

Fazem parte da programação dos Parajasc o atletismo, tênis de mesa, xadrez, futsal, ciclismo, golbol, handebol em cadeira de rodas, xadrez, basquete, basquete para cadeirantes, bocha e bocha paralímpica, além da natação, que aconteceu antecipadamente no município de Indaial. Para cada modalidade há especificidades para a classificação funcional baseadas nas habilidades funcionais, identificando as áreas chaves que afetam o desempenho do atleta para a performance básica do esporte escolhido.

A CF constitui-se em uma forma de nivelamento entre os aspectos da capacidade física e competitiva, colocando as deficiências semelhantes em um grupo determinado de atletas. Isso permite oportunizar a competição entre indivíduos com vários graus de deficiência, pois o sistema de classificação eficiente é o pré-requisito para uma competição mais equiparada.

Cada esporte tem um próprio sistema de classificação funcional do atleta, realizado através de três avaliações. Primeiro, é feito um exame físico para verificar exatamente de qual patologia o competidor sofre. Depois, na avaliação funcional, são realizados testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição de membros e coordenação motora. A última etapa é o exame técnico, que consiste na demonstração da prova em si, com o atleta usando as adaptações necessárias. São observadas a realização do movimento, a técnica utilizada, assim como as próteses.

                                    Organização do evento fez ensaio para a abertura oficial nesta segunda             Imagens: Antonio Prado

Avaliadores do Comitê Paralímpico Brasileiro

A habilidade funcional necessária independe do nível de habilidade ou treinamento adquirido. Um atleta que compete em mais de um esporte recebe uma classificação diferenciada para cada modalidade.

As deficiências correspondentes às modalidade são representadas por siglas, oficializadas pelo Comitê Paralímpico Internacional e fazem sempre referência ao nome da modalidade ou da deficiência em inglês, e os números indicam o grau de comprometimento de acordo com a lesão.

Atletismo

A letra “F” (de field, em inglês) é utilizada para provas de campo, como arremesso, lançamentos e saltos.

 A letra “T” (de track, em inglês) é utilizada para corridas de velocidade e fundo. Entenda a numeração:

 De 11 a 13: deficientes visuais.

20: deficientes intelectuais.

21: Síndrome de Down.

22: Deficiência Auditiva (Surdos)

31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes).

40: anões• 41 a 46: amputados e outros.

51 a 58: competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação).

Basquete em cadeira de rodas

Os atletas recebem uma classificação funcional que varia de 1 a 4,5 pontos, de acordo com o comprometimento motor: quanto menor o comprometimento do atleta, maior a pontuação. Durante o jogo, a soma total dos cinco jogadores não pode ultrapassar os 14 pontos.

Bocha

BC1: atletas com paralisia cerebral que conseguem arremessar a bola. Podem ter auxílio para estabilizar a cadeira e receber a bola.

BC2: atletas com paralisia cerebral com mais facilidade para arremessar a bola do que os da classe BC1. Não há assistência.

BC3: atletas com paralisia cerebral que não conseguem arremessar sozinhos e utilizam uma rampa (CALHA)  para isso.

BC4: atletas com outras deficiências severas com dificuldade para arremessar.

Quanto menor o número, maior a limitação do competidor.

Ciclismo

B: atletas com deficiência visual que competem no tandem (bicicleta com dois assentos) com um ciclista sem deficiência no banco da frente.

H1-H4: atletas paraplégicos que utilizam a handbike (bicicleta especial em que o impulso é dado com as mãos).

T1-T2: atletas com deficiência que tenham o equilíbrio afetado e precisem competir usando um triciclo.

C1-C5: atletas com deficiência que afeta pernas, braços e/ou tronco, mas que competem usando uma bicicleta padrão.

Golbol

Todos os atletas usam vendas para que haja igualdade de condições.

 B1: cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou em qualquer direção.

B2: atletas com percepção de vultos.

B3: atletas que conseguem definir imagens.

Natação

A letra “S” antes da classe representa provas de estilo livre, costas e borboleta. As letras “SB” refere-se ao nado peito, enquanto “SM” indica eventos medley individuais. Como o nado peito exige maior impulsão com a perna, é comum que o atleta esteja em uma classe diferente neste estilo em relação aos outros. O mesmo acontecer com as provas medley. Quanto menor o número, maior a deficiência.

Classificação de 1 a 10 define o grau de deficiência física.

Classificação de 11 a 13 define o grau de deficiência visual.

Os da classe 11 têm pouca ou nenhuma visão.

Classificação 14 define atletas com deficiências intelectuais

Tênis de mesa

Há 11 classes no tênis de mesa. Quanto maior o número, menor o comprometimento físico-motor.

TT1, TT2, TT3, TT4 e TT5 - atletas cadeirantes

TT6, TT7, TT8, TT9, TT10 - atletas andantes

TT11 - atletas andantes com deficiência intelectual

Tênis em cadeira de rodas

Classe aberta: atletas com deficiência para se locomover (medula ou amputação), mas sem comprometimento de braços e mãos.

Classe “quad”: atletas com deficiências que afetem, além das pernas, o movimento dos braços, dificultando o domínio da raquete e da movimentação da cadeira de rodas. Nesta classe, homens e mulheres podem competir juntos.

Handebol em cadeira de rodas

A proposta do handebol adaptado em cadeiras de rodas é parecida com a modalidade do handebol tradicional de salão, sua maior diferença está na redução da trave para 1,60m, por meio da colocação de uma espécie de placa 48 cm que possibilita a defesa do goleiro. Os quesitos de classificação são os mesmos do basquete em cadeira de rodas.

Xadrez

Para deficientes visuais, as peças do xadrez possuem um pino de fixação embaixo e as pretas têm alguma característica que pode ser uma ranhura ou um preguinho sobre elas, para que elas possam ser diferenciadas das brancas, com o tato. 

O tabuleiro possui 8 linhas e 8 colunas, formando assim 64 casas de cores alternadas, 32 brancas e 32 pretas. No tabuleiro adaptado as casas pretas são mais elevadas que as brancas e todas possuem um orifício para que a peça seja fixada. Usa-se a anotação algébrica das casas para sua identificação.

As colunas representadas pelas letras de A até H e as linhas de 1 a 8, ou seja, vai de A1 A H8. Para facilitar o entendimento da pronuncia da casa é utilizado nomes próprios para cada letra: A, Ana; B, Bela; C, César; D, David; E Eva; F, Félix; G, Gustav; H, Hector.

Além de atletas com deficiência visual o xadrez é oferecido nos Parajasc aos participantes com deficiência física e auditiva.

Fesporte promove cursos para ampliar o quadro de classificadores e árbitros do paradesporto

A Fesporte, em parceria com o CPB, está organizando, para 2020, uma série de cursos visando à ampliação do quadro de classificadores funcionais e árbitros do paradesporto. Serão doze eventos que acontecerão no decorrer do próximo ano, nas regiões do estado, com datas e locais a serem ainda definidos. Os cursos também são voltados às pessoas, que desejam aprender a lidar, no dia a dia, com pessoas portadoras de deficiência.

Texto: Antônio Prado e Heron Queiroz

 

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Parajasc terá curso de arbitragem de bocha paralímpica

A 15ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), que será realizada de 14 a 19 de outubro em Caçador, terá uma novidade. Paralelamente às competições será oferecido um curso de arbitragem de bocha paralímpica, organizado pela Fesporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

O curso acontece de 15 a 18 de outubro, na Escola Dom Orlando Dotti, mesmo local onde estará instalada a Comissão Central Organizadora (CCO), em Caçador. Na programação, o primeiro dia é de aula teórica, e os três dias seguintes, de aulas práticas, aproveitando a competição para acompanhamento.

Segundo o gerente de participação, Luiz Fernando Bezerra, o curso é aberto não somente a interessados em formação de árbitro. "A bocha paralímpica é uma modalidade ainda bastante recente em Santa Catarina. O curso permite não apenas ampliar o quadro de árbitros da modalidade no estado, como também difundir uma modalidade essencialmente destinada aos portadores de paralisia cerebral (PC), além de dar noções do convívio e do trato às pessoas portadoras de PC", disse Bezerra.

As inscrições podem ser feitas antecipadamente ou no primeiro dia de curso. Basta, para isso, encaminhar nome completo, RG, CPF e número do celular para o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Os Parajasc são promovidos pelo Governo de Santa Catarina – @governosc – e realizados por intermédio da Fesporte. A edição de 2019 tem como parceiro o Município de Caçador.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Fesporte e Caçador assinam convênio dos Parajasc

O prefeito de Caçador, Saulo Sperotto, esteve na sede da Fesporte na tarde desta quarta-feira para assinatura do convênio para a realização da 15ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina, os Parajasc. Estavam presentes ao ato o diretor de administração, Fabrício Correa, que assume interinamente a presidência da Fesporte, e o gerente de participação, Luiz Fernando Bezerra. 

A abertura oficial do evento acontece na segunda-feira (14), às 19 horas, no ginásio de esporte da Escola Paulo Schieffler. No mesmo dia, acontecem as classificações funcionais, que definem a classe de competição de cada atleta. Até 19 de outubro, estarão em disputa doze modalidades: atletismo, tênis de mesa, xadrez, futsal, ciclismo, golbol, handebol em cadeira de rodas, xadrez, basquete, basquete em cadeira de rodas, bocha paralímpica e bocha rafa vollo. Cerca de 2 mil atletas de 71 municípios catarinenses estarão na disputa de medalhas e troféus, por modalidade, gênero, deficiência – auditiva (DA), física (DF), intelectual (DI) e visual (DV) – e classe (grau de deficiência).

A modalidade de natação, por questões técnicas, foi antecipada para 2 e 3 de agosto, a fim de que se realizasse em outro município, neste caso, em Indaial, acontecendo paralelamente às disputas dos Parajesc. Quem começou bem na pontuação dos Parajasc foi Joinville, que faturou sete dos oito títulos em disputa na modalidade: DF masculino, DF feminino, DV masculino, DV feminino, DA feminino, DI masculino e DI feminino

O programa foi criado visando à inclusão e integração de atletas com deficiência à sociedade por meio do esporte. O evento tem como finalidades favorecer o desenvolvimento global da pessoa com deficiência e sua integração na sociedade pela prática esportiva adequada às suas necessidades especiais. Ainda está entre as finalidades dos Parajasc proporcionar aos atletas a aquisição de experiências que venham enriquecer seus conhecimentos e facilitar sua relação com o meio em que vivem, dessa forma contribuindo para o exercício de sua cidadania, propiciar o intercâmbio técnico e de gestão entre profissionais e dirigentes.

Os Parajasc são promovidos pelo Governo de Santa Catarina – @governosc – e realizados por intermédio da Fesporte, tendo esta 15ª edição a parceria com o Município de Caçador. 

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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