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Pati Maldaner: de Pinhalzinho à Comary e ao mundo

Natural de Pinhalzinho, no Oeste catarinense, Patrícia Dawes Maldaner, ou simplesmente Pati, estará na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde acontecerão os treinos da seleção brasileira feminina de futebol sub-17, de 12 de agosto a 9 de setembro. A notícia chegou na sexta-feira (31), mas já não é novidade. Esta é a sexta convocação de Patricia, que vem fazendo parte da lista das 26 convocadas para a categoria desde outubro de 2019. 

Em fevereiro, as brasileiras participaram de um torneio triangular em Portimão, Algarve (Portugal), envolvendo também a seleção da casa e a da Áustria. Numa competição equilibrada as brasileiras voltaram com o título definido no saldo de gols. Antes disso, em janeiro, Pati também vestiu a “amarelinha” num amistoso contra a equipe sub-20 do Peru, na Granja Comary. As brasileirinhas sub-17 não deram chances e venceram por 6 a 0.

 

Patrícia usou a "amarelinha" na vitoria de 6 a 0 sobre o sub-20 do Peru, em janeiro deste ano                                                                                Foto: Adriano Fontes/CBF

Na ocasião da realização dos Jogos Escolares de 12 a 14 anos, em agosto 2019, em que Pati teve a experiência de atuar como auxiliar técnica, em entrevista à Ascom/Fesporte, ela contou que sonhava com a convocação para a seleção sub-17. Mais que um sonho, era, talvez, uma premonição do que aconteceria dois meses depois.

Patrícia falou sobre a convocação com exclusividade para a Ascom/Fesporte: “É sempre uma alegria e uma honra enorme fazer parte da seleção, mas também uma responsabilidade muito grande que eu carrego por trás de tudo isso em nome do clube, da Chapecoense, e também do estado de Santa Catarina”, disse ela 

Desde que surgiu no futebol e no futsal dos eventos de base da Fesporte, Pati tem-se destacado. Aos 17 anos, a zagueira já coleciona importantes títulos de categorias de base de futsal e futebol, pelo Colégio José Marcolino Eckert, de Pinhalzinho, e pela Escola Lourdes Lago, de Chapecó.

O talento da bela ruiva ajudou sua escola a obter os principais títulos em 2015, em âmbito estadual, nacional e internacional. Pati foi uma das que comandou a equipe à conquista de cinco troféus naquele ano, o dos Jesc 12-14, do Catarinense de Futsal Feminino Sub13, do Moleque Bom de Bola, dos Jogos Escolares da Juventude (em Fortaleza), e dos Jogos Escolares Sul-Americanos da Juventude (no Paraguai). 

Ainda pelo Colégio José Marcolino Eckert, conquistou em 2016 o título do futsal no estadual da Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e o Estadual de Futsal Feminino Sub-15. Em 2018, Pati passou a integrar o projeto de futebol em parceria com a Associação Desportiva Lourdes Lago e a Associação Chapecoense de Futebol (Adell/Chapecoense), obtendo o título do futebol nos Joguinhos Abertos daquele ano, além dos campeonatos catarinenses sub15 e sub17. Em 2019, veio a conquista do Brasileiro Feminino Sub-18 e a terceira colocação no Campeonato Mundial Escolar de Futebol Feminino, na Sérvia, em abril. 

Polivalente, Patricia já atuou em diversas posições, que vão de goleira a atacante, mas tem se firmado cada vez mais na zaga e se preparando para o Sul-Americano Sub-17, que acontece de 30 de novembro a 19 de dezembro, no Uruguai.

Embora já tenha 17 anos, Patricia poderá integrar o selecionado brasileiro para a Copa do Mundo, que acontece na Índia. É que, em função da pandemia de covid-19, o mundial, que aconteceria neste ano, foi transferido para 2021 (de 17 de fevereiro a 7 de março), porém mantendo o direito de convocação de quem completou a idade limite em 2020. E, se depender da craque, ela estará lá, buscando mais um título, numa carreira que está, praticamente, só começando.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

 

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O dia em que o choro de Priscila emocionou os Parajasc

Ela foi um dos destaques do primeiro dia do atletismo, no segmentos de deficiências intelectual (DI), dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina,  os Parajasc, na pista municipal de Caçador, dia 15 de outubro de 2019.  O choro da atleta Priscila Manoela Becker, de 20 anos, da cidade de São Bento do Sul emocionou a todos. Ela foi primeira colocada na prova de 100 metros rasos para portadores de Síndrome de Down. Chorando, ela dedicou a medalha à mãe, Solange. A princípio uma homenagem comum, até que o técnico Luís Cláudio Ramalho esclareceu que a mãe havia falecido.

“Eu estou feliz. O meu pai está orgulhoso e muito feliz. Ofereço a medalha à minha mãe, porque eu amo muito ela, demais!”, disse Priscila. “A emoção é pelo fato de elas estarem treinando, se dedicando. Vale todo o sacrifício. Contagia todo mundo. Isso não tem preço que pague”, destacou Ramalho.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Jasc 2021 será em Jaraguá do Sul

O presidente da Fesporte, Rui Godinho, esteve nesta semana, em Jaraguá do Sul, conversando com dirigentes municipais locais e confirmou a realização da etapa estadual dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) 2021 para o município do norte catarinense. A decisão foi em caráter excepcional, já que por conta da pandemia da Covid-19, a edição dos Jasc 2020, programada para o final do ano, em Jaraguá, foi prejudicada. 

Assim, diante das incertezas devido a pandemia elaborou-se uma edição de Jasc 2020 mais alternativa, com menos modalidades, sem público, com ajustes de horários, jogos com transmissão ao vivo e com todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. “Nosso objetivo é trazer as pessoas para mais perto do esporte e manter essa chama acesa”, destaca Rui.

Entretanto, a realização da etapa estadual dos Jasc 2020 ainda dependerá da autorização do Governo Estadual e do aval das autoridades sanitárias. E foi justamente diante desta excepcionalidade que os dirigentes jaraguenses solicitaram à Fesporte, por meio de oficio, o pedido para que o município sediasse o evento em 2021.

Na reunião em Jaraguá do Sul Rui Godinho informou que para a edição do ano que vem o governo estadual, por meio da Fesporte, construirá um estande de tiro olímpico, no valor de R$ 800 mil por meio de repasse via emenda parlamentar.

 

 

 

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Estado investe R$ 2,7 mi em projetos esportivos municipais

O Estado investiu mais de R$ 2,7 milhões em projetos esportivos propostos por municípios catarinenses em 2020. Os investimentos, operacionalizados pela Fesporte, foram feitos com recursos descentralizados da fonte do Fundo Social do Governo do Estado.

Os primeiros repasses de convênios firmados aconteceram em abril de 2020. Desde então, foram 14 projetos que contemplaram municípios de pequeno a grande porte, visando a melhorias de estrutura em instalações esportivas, aquisição de veículos e de equipamentos para prática de esportes e atividades físicas, entre outros.

Confira aqui os detalhes dos 14 repasses

 

“Mesmo com boa parte deste período de pandemia sendo cumprida com trabalho remoto, a Fesporte tem cumprido com todas as ações e obrigações que lhe cabe, atendendo a todas as demandas administrativas, dentre elas a conclusão dos convênios, que certamente oportunizarão os municípios a desenvolver ainda mais seus projetos esportivos”, disse o presidente da Fesporte, Rui Godinho da Mota.

Outros projetos estão tramitando e aguardando a conclusão para repasse ainda este ano. A quantidade de convênios e os valores deverão ser brevemente divulgados pela Diretoria de Administração (Dide) da Fesporte.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Olesc: o programa esportivo marcado pela resistência

Conheça a história do programa esportivo cuja criação já levantava polêmica. A Olesc surgiu para cobrir a lacuna deixada pelos Jogos Escolares e resistiu quando estes voltaram ao calendário da Fesporte. Com um cancelamento em 2009 devido à gripe A, a comunidade esportiva pressionou e impediu o segundo cancelamento em 2015, devido a greve na educação. A pressão pesou ainda em alguns rumores sobre a extinção do evento, que se solidificou como uma das mais importantes competições poliesportivas de Santa Catarina.

A ideia da criação da Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) surgiu depois que os Jogos Escolares de Santa Catarina (Jesc) passaram a ser geridos pelo departamento de Educação Física da Secretaria de Estado da Educação. Preocupados com a lacuna que isso abriria no esporte escolar, na faixa etária de 11 a 15 anos, os dirigentes da Fesporte decidiram criar outro evento escolar. A partir disso, foi encaminhada a proposta ao Conselho Estadual de Esporte (CED). E numa reunião de muita polêmica, que durou 13 horas, em 12 de dezembro do ano 2000, 18 dos 21 conselheiros do CED enfim aprovaram o projeto de criação da Olesc.

No dia 9 de março de 2001, a Fesporte abriu seu calendário de competições daquele ano com a etapa microrregional da Olesc, no município de em Capão Alto, na região Centro-Oeste, tendo a participação de sete equipes no futsal masculino e três no voleibol feminino. Inauguravam-se assim as competições da Olesc. O programa trazia novidades no quadro de modalidades. Nele se incluíam futsal feminino, natação, tênis, ginástica rítmica e ginástica artística, que se juntariam às modalidades então disputadas nos Jogos Escolares, como atletismo, basquetebol, handebol, tênis de mesa e xadrez.

 

Olesc nasce em 2001, em Criciúma

A partir do dia 7 junho daquele ano, em Mafra, iniciou-se a etapa regional da Olesc, sendo a primeira região a Leste-Norte, com sede em Mafra. Depois vieram as disputas do Centro-Oeste, em Capinzal, dia 8; Oeste, em Mondaí, dia 9, e, por fim, a Sul, em Armazém, dia 14. A etapa estadual da primeira Olesc aconteceria em Criciúma, de 17 a 24 de julho. A edição só não contou com a modalidade de ginástica artística, denominada na época de ginástica olímpica, por não preencher o número mínimo de oito inscritos.

O congresso técnico da etapa estadual aconteceu no dia 4 de julho, no salão nobre da prefeitura de Criciúma. Foi se quando definiu a participação de 65 municípios e 4 mil atletas. Enfim o dia 17 chegara. A competição iniciou, pela manhã, com handebol masculino, além do futsal, tênis e vôlei femininos. E às 19 horas, o aguardado momento: no Ginásio Municipal Irmão Walmir Antônio Orsi, acontecia a cerimônia de abertura da 1ª Olesc, abordando o tema “Urbano e humano jogando no mesmo time”, coreografado com 30 bailarinos da cidade-sede, tudo isso sob os olhares plenos de orgulho dos idealizadores Pedro Bastos, então presidente da Fesporte, e Luiz Carlos Barbosa, o Kalu, diretor de esporte na época.

A primeira medalha de ouro da Olesc foi conquistada por Sidnei Cunha, de Blumenau, nos 3 mil metros masculino (10min5seg43). Entre as mulheres, a primeira medalhista de ouro foi Gisela Cardoso, também de Blumenau, no lançamento de disco (30m35cm). Dos atletas que se destacaram na primeira Olesc estão Luísa Matsuo, da ginástica rítmica de Florianópolis. A atleta foi a primeira a ganhar medalha de ouro como campeã individual geral, com 12.333 pontos. Depois de oito dias de competição, Jaraguá do Sul sagrou-se campeão geral da primeira Olesc com 94 pontos - um a mais que Blumenau, segundo colocado com 93. Joinville terminou em terceiro lugar com 75 pontos.

Criados para cobrir a ausência dos Jogos Escolares, a Olesc se manteve no calendário esportivo da Fesporte, mesmo os Jesc tendo voltado a fazer parte da grade da Fesporte alguns anos depois, e ainda em duas versões etárias: de 12 a 14 e de 15 a 17 anos. É que, apesar de serem eventos escolares, os Jesc se caracterizam como competições interescolares, enquanto a Olesc são selecionados municipais em que os participantes devem comprovar matrícula e frequência escolar.

 

Comunidade esportiva impede cancelamento da Olesc

Em 2015, um cancelamento do evento chegou a ser anunciado, em função de falta de disponibilidade de alojamento, já que o ano foi marcado por greve na educação, e as escolas, que normalmente alojam as delegações, não poderiam perder mais dias letivos. A comunidade esportiva fez pressão e a competição aconteceu em Jaraguá do Sul. A partir de 2013, embora ainda com a sigla Olesc, a Olimpíada Estudantil Catarinense passou a ser oficialmente chamada Jogos Escolares da Juventude, em decorrência da restrição do uso do termo "olimpíada"; porém, em 2016, aconteceu a liberação e o evento passou a utilizar a denominação original.

Atual campeão, Joinville é o município de maior número de títulos da história da Olesc: dez vezes no mais alto lugar do pódio                Foto: Heron Queiroz

Desde a primeira edição, em 2001, somente em 2009, as competições não aconteceram, em decorrência da gripe A. Os joinvilenses foram que mais somaram títulos até aqui, foram 10. Além de Joinville, somente outros três municípios subiram ao lugar mais alto do pódio da Olesc: Blumenau, quatro vezes; Jaraguá do Sul, que teve os dois primeiros títulos da história (2001 e 2002) e Criciúma, também com dois títulos.

Além de Luísa Matsuo, vários outros nomes importantes no esporte brasileiro passaram pela Olesc, como Jéssica Maier, também da ginástica rítmica; Natália Zílio e Rosamaria Montibeller, ambas do vôlei; Bateria, do futsal, Darlan Romani e Ana Cláudia Lemos, do atletismo, entre tantos outros.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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O dia em que escolas festejaram o título do Moleque Bom de Bola

Nesta segunda-feira, 27, é dia de relembrar o maior momento da 28ª edição do Campeonato Catarinense Escolar de Futebol, o Moleque Bom de Bola, em Antônio Carlos. Naquele domingo, dia 3 de novembro, a escola Lourdes Lago, de Chapecó, e o Colégio Incentivo, de Biguaçu, ficaram com os títulos feminino e masculino, respectivamente.

Naquela ocasião não era a primeira vez que as duas equipes subiam ao primeiro lugar do pódio na mesma edição.Em 2016, em São Ludgero, as duas equipes também levantaram o caneco, mas, coincidentemente, de lá para cá, nenhuma delas havia conquistado título.

A final feminina foi uma reedição daquela final de 2016, com as duas equipes do Oeste. Seria a chance de a Escola Vidal Ramos Júnior, de Concórdia, conquistar o tricampeonato e dar o troco na forte adversária, a Escola Lourdes Lago. O time concordiense criou oportunidades, mas o ataque parava nas mãos da boa goleira Leilane. O empate sem gols levou a decisão para os pênaltis, que resultou em 5 a 4 para as meninas do “Lurdão”, que levaram o título para Chapecó.

No masculino, os garotos do Colégio Incentivo chegaram ao terceiro título da competição, de um total de seis finais. Tiveram pela frente um adversário duro, surpresa da competição, a Escola Alice da Silva Gomes, de São João Batista, que pela primeira vez chegou a uma etapa estadual do Moleque Bom de Bola, e fez bonito, chegando à final. O jogo estava empatado em 1 a 1. Quando tudo parecia levar a mais uma disputa por pênaltis, mas o Incentivo mostrou superioridade e venceu a partida por 3 a 1.

Cerca de 600 atletas de 32 escolas (16 de cada gênero) estiveram em Antônio Carlos, desde o dia 30 de outubro, para o Moleque Bom de Bola. O evento foi promovido pelo Governo de Santa Catarina – @governosc – por intermédio da Fesporte, em parceria com o Município de Antônio Carlos.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Fesporte calcula 6,8 mi para recuperar instalações esportivas

A Fesporte calcula um custo aproximado a R$ 6,8 mi para a recuperação de instalações esportivas atingidas pelo ciclone-bomba que atingiu o estado no último dia 30 de junho. O Programa de Inventariação Esportiva desenvolvido pela Fesporte desde 2019 e lançado no início de 2020 contribuiu para que fosse realizado um estudo rápido sobre o impacto causado pelo fenômeno às praças esportivas em todo o estado catarinense.

O estudo apontou que 162 instalações esportivas, em 74 municípios catarinenses, foram afetadas. Dentre elas, 62% são estaduais, 32% municipais e 6% privadas. O total também corresponde a 68% pertencentes a instituições escolares (62% estaduais e 6% municipais), e 32% não pertencem a escolas.

A maioria das instalações afetadas apresentou danos gerais de grande proporção: foram 56%, além de 26% de danos moderados, 16% pequenos e 2% muito pequenos. Dos que contaram com estragos na cobertura, 40% grandes, 39% moderados, 13% pequenos e 3% muito pequenos.

Do total de investimento para a recuperação, R$ 1,8 milhão são instalações pertencentes a escolas estaduais, e R$ 818 mil de escolas municipais. Já os espaços esportivos que não pertencem a escolas, o custo é de R$ 3,7 milhões em patrimônios municipais e R$ 390 mil em propriedades privadas.

Por meio do sistema de inventariação os municípios cadastram as praças esportivas instaladas e suas condições. Com isso, o projeto permitiu que houvesse uma resposta em curto prazo para que se encaminhasse ao Governo do Estado um relatório acerca das ações necessárias e do investimento correspondente. 

O projeto de Inventariação de Instalações Esportivas já cadastrou 140 unidades de todo o estado com necessidades de reparos, conforme disponível na internet (acesse aqui). Todo o mapeamento de espaços esportivos do Projeto de Inventariação permite à Fesporte ter conhecimento da localização de cada praça esportiva, o tipo e as condições, facilitando o trabalho de vistoria para realização de eventos. 

 

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Ana, a pequena notável, é a melhor da Olesc

A sexta-feira 13 é, para muitas pessoas, o dia do azar.  Mas foi neste dia que a ginasta Ana Luíza Francesci, de Joinville, se consagrou como a melhor atleta da ginástica rítmica da 19ª edição da Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), em Videira. Logo no primeiro dia de competição, na mesma sexta, Aninha, de apenas 11 anos, brilhou nos aparelhos mãos livres e corda. As apresentações somaram 43.950 pontos, impressionaram a arbitragem e garantiram à joinvilense a medalha de ouro no individual geral.

No dia seguinte, sábado, 14, já com o titulo de melhor ginasta, ela entrou novamente no tablado para disputar mais duas decisões no individual por aparelho. Na disputa do aparelho mãos livres foi ouro novamente e prata no aparelho corda. Perdeu o primeiro lugar para Natalia Metzner, de Blumenau.

Ao fazer uma avaliação do título do individual geral Ana Luíza Francesci foi enfática: “Foi uma honra muito grande (a conquista da medalha de ouro), pois foram horas e dias de treinamento, incluindo sábados e domingos. Isso é muito satisfatório, pois sei que todo o esforço valeu a pena”. 

Irmã de campeã

Irmã da também da ginasta supercampeã Luana Metzner, na qual se inspira, as palavras de Ana soam como um processo de mudança de patamar. Nada mal para uma atleta que na Olesc do ano passado nem se lembra em qual colocação ficou no individual geral. Recorda-se apenas que foi prata no aparelho mãos livres e bronze no individual por equipe.

Para a treinadora Vanessa Hagemann, a principal virtude de sua pupila é expressão corporal. “A Ana tem uma delicadeza corporal que encanta. Algumas árbitras estrangeiras dizem que ela tem um estilo europeu e isso, para o mundo da ginástica, tem um valor muito grande. Mas, além disso, ela é uma atleta dedicada nos treinos,  perfeccionista, sabe o que quer, tem atitude e um imenso talento”.

Por esse talento, entendem-se medalhas. Aninha diz que não sabe exatamente quantas conquistou na curta carreira, que iniciou com cinco anos de idade. “Acho que é de vinte e cinco a trinta medalhas”, chuta. Questionada sobre as cores das medalhas ela diz com segurança: “A maioria é de ouro”. Estes reconhecimentos vieram com títulos como estadual em 2017, quando foi campeã geral no pré-infantil, campeã sul-americana 2018, mesmo ano que foi campeã brasileira no aparelho corda.

Então. Alguém duvida de que essa pequena notável vá longe? 

Texto: Antonio Prado/Ascom Fesporte

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