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Parajasc marcam o pioneirismo paradesportivo em SC

A criação dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), em 2005, marcou o pioneirismo catarinense na promoção e realização de eventos poliesportivos adaptados no país. O projeto, que teve como sede da primeira edição a cidade de Chapecó, concretizou-se a partir de um esforço conjunto da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) e da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), que avançaram suas propostas e ações na busca de inclusões das pessoas com deficiência por meio do desporto. 

Santa Catarina é considerada uma das principais forças do paradesporto nacional e o estado pioneiro em eventos poliesportivos adaptados. Na história recente do paradesporto catarinense, alguns eventos foram registrados, como os Jogos Catarinenses dos Excepcionais (Jocaex) realizados pelas federações das Apaes e escolas especializadas; os Jogos Catarinenses dos Deficientes Físicos (Jocadef), organizados pelas associações de deficientes físicos e cegos; além da Corrida Rústica Catarinense para Pessoas com Deficiência e as Paraolimpíadas, em Florianópolis, evento que envolveu deficientes auditivos, físicos, mentais e visuais. Apesar de essas competições terem o apoio do poder público, o Estado precisava incorporar de vez o paradesporto em suas ações de políticas públicas de esporte e inclusão.

No ano de 2003, a nomeação do deficiente físico Anselmo Alves para compor o Conselho Estadual de Esporte foi um fator importante para colocar em discussão dois projetos que estavam sendo desenvolvidos pela FCEE: um era a realização de um encontro com representantes da área do desporto e dos segmentos de deficiência para discutir a situação do desporto adaptado em Santa Catarina; o outro, a criação dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), a serem organizados pela Fesporte em parceria com a FCEE. Em junho daquele ano, as duas instituições e representantes de diversos segmentos que atuam em prol das pessoas com deficiência realizaram o primeiro encontro para a realização dos projetos. Desta forma, estavam sendo lançadas as bases para que a Política Estadual de Esportes estivesse efetivamente também voltada aos deficientes e, consequentemente, tornasse possível a criação dos Parajasc.

Outro importante passo, a fim de elaborar uma proposta de política para o desporto da pessoa com deficiência implicava a criação de uma comissão constituída por diferentes segmentos: FCEE, Fesporte, CED, Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef), Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), Centro de Educação Física e Desporto da Universidade do Estado de Santa Catarina (Cefid/Udesc), Centro de Desporto da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/Ufsc). A partir daí, iniciaram-se os trabalhos, por meio da Gerência de Participação da Fesporte para a de realização dos primeiros Parajasc, previstos para serem realizados em 2005, na cidade de Florianópolis.

Mas o Município de Chapecó, como sediaria a 45ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), em 2005, e, consequentemente, contaria com uma boa infraestrutura, propôs-se também sediar os Parajasc naquele ano. A proposta foi homologada. Assim, no dia 25 de agosto, iniciava-se o evento, com abertura solene no Ginásio Ivo Silveira, presenciada por cerca de 3 mil pessoas. 

Participaram da primeira edição cerca de mil atletas deficientes representantes de 42 cidades catarinenses, em dez modalidades: basquete, natação, bocha, futsal, atletismo, tênis de mesa, xadrez, ciclismo, equitação para deficiente mental e golbol (esporte específico para deficientes visuais), estas três últimas apenas como modalidades de apresentação.

As competições se encerrariam no dia 28, com os anfitriões sagrando-se campeões, título que foi se repetindo para os chapecoenses, que mantiveram uma hegemonia até 2010. A partir daí, Joinville tornou a disputa acirrada, vencendo sete vezes (2011, 2012 e de 2015 a 2019). Além de Chapecó e Joinville, a única cidade que figura na lista de campeões dos Parajasc é Itajaí, que venceu no ano de 2013.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

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Fesporte repassa R$100 mil do Fundo Social para Gaspar

A Fesporte repassou na manhã desta quinta-feira, 14, R$ 100 mil reais em material esportivo para a prefeitura de Gaspar. O recurso é proveniente do Fundo Social, do Governo de Santa Catarina. Entre o material entregue ao prefeito gasparense  Kleber Wan-Dall pelo presidente da Fesporte, Rui Godinho, inclui bolas de diversas modalidades, coletes e placas esportivas, caneleiras entre outros. Há também PCs e tvs para uso em projetos esportivos.

“Esses recursos fazem parte da descentralização do Fundo Social do Governo Estadual, que repassa para a Fesporte firmar convênio com municípios e que tem a participação de parceria da Assembléia Legislativa”, destaca Rui Godinho.

Segundo o dirigente, o esporte catarinense será beneficiado com novos repasses a partir do final do ano, após as eleições. “Nossa idéia é sempre auxiliar comunidades que trabalham com projetos esportivos de cunho social, pois sabemos que o esporte é um grande instrumento de inclusão social”, finaliza o presidente da Fesporte.

 Texto: Antonio Prado/Ascom Fesporte

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Senado aprova PL de medidas de emergência para esporte

Foi dado um importante passo para as medidas emergenciais ao esporte durante o período de pandemia da covid-19. O Projeto de Lei (PL) 2.824/2020, que prevê uma receita de até R$ 1,6 bilhão destinada a entidades e atletas, teve sua redação aprovada pelo Senado Federal. Com isso, O PL deve retornar à Câmara dos Deputados e, somente depois, seguir para a sanção do presidente da República.

Está entre as medidas aprovadas no texto o pagamento de auxílio emergencial no valor de R$ 600 a atletas e outros profissionais do esporte que se enquadrem como baixa renda, como técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, cronistas esportivos, radialistas, etc.

“Como órgão de gestão esportiva em Santa Catarina, temos manifestado às autoridades a importância da aprovação do PL 2.824, já que muitos atletas e profissionais do esporte ficaram sem suas fontes de sustento em decorrência das medidas de restrição. Entendemos que o Projeto ainda está tramitando, mas foram dados passos muito importantes para atender a todos que vivem especificamente do esporte”, ressaltou o presidente da Fesporte, Rui Godinho da Mota.

Texto: Heron Queiroz/Ascom/Fesporte

Entenda as medidas do PL 2.824/2020

Auxílio-emergencial

O projeto concede auxílio-emergencial do esporte de três parcelas mensais de R$ 600 ao trabalhador da área. Esses três meses poderão ser prorrogados nas mesmas regras do auxílio-emergencial já em vigor. O profissional precisa ter atuado na área esportiva nos últimos 24 meses. As regras para receber o benefício serão quase as mesmas do auxílio emergencial. A regra geral é que o beneficiado tenha mais do que 18 anos. Mas no caso de atletas ou paratletas, a idade mínima é de 14 anos, exigida a vinculação a uma entidade de prática esportiva ou a uma entidade nacional de administração do desporto.

É necessário também estar cadastrado em pelo menos um cadastro do setor: estadual, municipal, distrital, de Conselho Regional de Educação Física (Cref); das entidades de prática esportiva ou de alguma entidade nacional de administração do desporto; ou outros cadastros referentes a atividades esportivas existentes na unidade da Federação, bem como a projetos esportivos. O titular também não pode receber nenhum benefício previdenciário ou assistencial ou seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal — incluído o Bolsa-Atleta. A exceção é para o Bolsa Família, que poderá ser cumulativo.

Compreendem-se como trabalhadores do esporte os profissionais autônomos da educação física, os profissionais vinculados a uma entidade de prática esportiva ou a uma entidade nacional de administração do desporto, entre eles, os atletas, os paratletas, os técnicos, os preparadores físicos, os fisioterapeutas, os nutricionistas, os psicólogos, os massagistas, os árbitros e os auxiliares de arbitragem, de qualquer modalidade, profissionais ou não profissionais, incluídos os trabalhadores envolvidos na realização das competições.

O substitutivo de Leila Barros acrescentou emenda do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), incluindo entre os beneficiários cronistas, jornalistas e radialistas esportivos sem vínculos empregatícios com entidades de prática desportiva ou concessionárias de serviço de radiodifusão.

Recebimento

Numa mesma família até duas pessoas poderão receber o auxílio. Caso a família seja chefiada por mulher solteira, ela receberá duas cotas do benefício. O dinheiro será impenhorável e não poderá sofrer desconto de qualquer natureza, especialmente por parte das instituições financeiras, inclusive judicial. A exceção é para pensão alimentícia, no limite de 50% do valor. O benefício será concedido até o limite de R$ 1,6 bilhão. O dinheiro virá de dotações orçamentárias e adicionais da União.

Premiações

Poderá ser concedida premiação pela União de até R$ 30 mil para atletas e paratletas em competições promovidas por entidades internacionais de administração desportiva ou pelas entidades constantes na legislação brasileira. O valor das premiações terá tributo equivalente ao Imposto de Renda incidente sobre as premiações de loterias, concursos e sorteios realizados durante o estado de calamidade pública. Incluem-se no cálculo tanto os prêmios pagos em dinheiro, com alíquota de IR de 30%, quanto aqueles distribuídos sob a forma de bens e serviços, com alíquota de 20%. O teto para concessão dessas premiações por parte da União será de R$ 1 milhão.

Crédito e extensões

As pessoas físicas que comprovem ser trabalhadores do setor esportivo e as micro e pequenas empresas que tenham finalidade esportiva nos respectivos estatutos poderão ganhar linhas de crédito específicas ou condições especiais de renegociação de dívidas por parte das instituições financeiras federais. Entidades do esporte não vinculadas à modalidade futebol poderão destinar até 20% dos recursos recebidos da arrecadação de loterias para o pagamento de débitos com o governo (exceto multas penais) e com autarquias e fundações públicas federais.

O estado de calamidade pública não será computado para o efeito da contagem dos prazos para a realização dos projetos desportivos e paradesportivos da Lei 11.438, de 2006, inclusive os relativos à captação e à aplicação de recursos e à respectiva prestação de contas. Os prazos já vencidos a partir de 20 de março de 2020 também serão prorrogados.

Isenção para equipamentos

Durante o estado de calamidade pública, as importações ou aquisições de equipamentos ou materiais esportivos destinados às competições, ao treinamento e à preparação de atletas e equipes brasileiras ficam isentas do Imposto de Importação. Essa previsão foi uma sugestão do senador Esperidião Amin (PP-SC).

São beneficiários da isenção os órgãos do governo, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), bem como as entidades nacionais e estaduais de administração do desporto que lhes sejam filiadas ou vinculadas e os atletas das modalidades olímpicas e paralímpicas e os das competições mundiais filiadas a essas entidades há, no mínimo, 12 meses.

Gestão 

Serão implementadas medidas para aprimoramento da gestão, governança, transparência e responsabilização das entidades componentes do Sistema Nacional do Desporto. O objetivo é evitar abuso de poder e corrupção, além de desvios ou mau uso de verbas públicas. As medidas incluem votações não-presenciais e por procuração, instituição de comissão eleitoral independente, garantia do peso dos votos dos atletas, equilíbrio de gênero nos colegiados de direção e no colégio eleitoral, e obrigatoriedade de publicidade na internet do uso recursos públicos.

O projeto ainda institui mecanismos de controle interno, com possibilidade de convocação da assembleia-geral ou do conselho fiscal para apuração de atos dos dirigentes, competência da assembleia geral para adotar medida judicial contra os dirigentes, e possibilidade de declaração de inelegibilidade do gestor por dez anos em qualquer entidade esportiva profissional, sem prejuízo de responsabilização civil e penal.

Segurança

Enquanto vigorar a pandemia, a concessão de recursos prevista na Lei 11.438, de 2006, bem como as ações estabelecidas pelos demais programas e políticas federais para o esporte, deverão priorizar atividades esportivas que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas por meio de redes sociais e de plataformas digitais ou meios de comunicação não-presenciais. Ainda durante a pandemia, as competições esportivas e os treinamentos somente poderão ser iniciados ou reiniciados mediante autorização do poder público local e com observância de protocolo que garanta a segurança dos atletas e público.

Urgência

Na justificação da proposta, o deputado Felipe Carreras argumenta que o “esporte é uma forma de juntar educação com saúde pública, assim temos o setor mais importante para o enfrentamento de situações de dificuldade como o vivido agora na pandemia e principalmente no pós, onde teremos que reforçar esses valores para reconstruir nossa sociedade”.

Para Leila Barros, “o impacto da pandemia sobre o setor esportivo é severo, com perda substantiva de renda em razão da paralisação das atividades, diante do protocolo sanitário. Portanto, as ações previstas neste projeto de lei têm caráter emergencial e requerem implementação imediata, sob pena de aprofundamento dos efeitos econômicos e sociais da crise sanitária sobre o setor do esporte, responsável por parcela do PIB e dos empregos no Brasil”.

— Adotar medidas que ofereçam o apoio necessário para que o segmento esportivo possa superar as árduas condições trazidas pela pandemia é um dever do Estado. O esporte constitui um dos maiores patrimônios da nação brasileira — afirmou a senadora.

Fonte: Agência Senado

 

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Nota expõe empenho da Fesporte para retomada esportiva

No sexto mês de suspensão das atividades esportivas em Santa Catarina, a Fesporte mais uma vez se manifestou à população a respeito do trabalho que vem, durante todo o período, desenvolvendo juntamente às autoridades governamentais e sanitárias, em busca de condições para a realização dos eventos ainda em 2020. O novo diretor de esporte da Fesporte, Marcelo Brigadeiro, que assumiu o cargo no dia 7 de agosto, já procurou ficar a par dos procedimentos de estudos e análises de retomada, a fim de que fosse publicada, nesta quinta-feira, 13, uma nota à comunidade esportiva catarinense e aos veículos de comunicação.

 

Confira a nota 

Os difíceis momentos provocados pelo novo coronavírus têm criado muitas incertezas a toda a sociedade, sobretudo em relação ao cumprimento das determinações quanto ao afastamento social, estabelecendo assim padrões de vida diária jamais vivenciados na contemporaneidade, contrapondo-se às atividades de cada pessoa, nas quais se incluem a prática esportiva e a realização de competições. O atual contexto e o anseio da comunidade esportiva têm criado uma série de questionamentos acerca do cumprimento do calendário esportivo de 2020.

Em decorrência disso, a Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) informa às instituições de esporte, atletas, técnicos, dirigentes, órgãos de imprensa e público em geral que mantém um grupo de trabalho, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúdo e Conselho Estadual de Esporte (CED), com as quais tem se reunido no intuito de estabelecer um protocolo seguro que permita a retomada das atividades esportivas o mais breve possível, de acordo com os critérios estabelecidos pelas autoridades de saúde.

Em março deste ano, foi publicado o Decreto Estadual nº 525/2020, que, para conter o avanço da covid-19 em Santa Catarina, determina medidas de restrições, entre as quais se incluíam a suspensão dos eventos esportivos por tempo indeterminado. Desde o início da pandemia, equipe da Fesporte tem analisado, com o auxílio de órgãos competentes, a possibilidade de reinício das atividades e realização de eventos com as devidas medidas de protocolo e ajustes de formatação de competições para a realização de eventos, dentro das reais expectativas que o tempo e as determinações governamentais permitirem.

Várias propostas já foram elaboradas e encaminhadas ao Governador do Estado, todavia entendemos que passamos por um momento ainda bastante crítico. Apesar disso, nossas análises apontam para uma breve retomada que nos possibilitará oferecer a toda a comunidade esportiva o melhor possível que as condições atuais nos permitem. Por isso, com base nas reuniões, uma nova proposta, considerando todos os fatores de segurança de saúde para atletas, técnicos e demais envolvidos, está sendo preparada para apresentar ao Governo do Estado e, consequentemente, a toda a comunidade esportiva catarinense, que anseia por melhores dias no esporte.

Rui Godinho da Mota
Presidente da Fesporte

 

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Fesporte lança segunda edição do Desafio das Modalidades Esportivas

A primeira edição, entre os dias 30 de julho e dia 5 de agosto, teve um alcance de 1,6 milhões de pessoas no Instagram. Agora, nesta quarta-feira, 12, a partir das 10h, a Fesporte prepara a segunda edição do Desafio de Modalidades Esportivas On-Line, batizado de Modeon. A idéia da instituição tem o objetivo mobilizar a comunidade esportiva de Santa Catarina e despertar a força de engajamento das diversas modalidades esportivas neste período de pandemia. Esta segunda edição abrange 64 modalidades do esporte catarinense. Na primeira disputa foram 32. 

O regulamento determina que o Modeon é um desafio on-line realizado em confrontos por meio de votação no story do instagram @fesportesc. Os confrontos duram 24h, período em que o público vota na sua modalidade preferida. Ganha o confronto a modalidade que tiver maior votação sobre a sua adversária passando de fase até chegar à grande final. Os participantes têm até o dia 20 de agosto para votar.

“Com os eventos esportivos parados, por conta da Covid-19, buscamos uma alternativa de movimentar a comunidade esportiva. A idéia era saber qual a modalidade tinha mais torcida no estado, por meio do voto no Instagram da Fesporte. Nos surpreendemos positivamente com o engajamento de atletas, dirigentes, pais, filhos, irmãos, presidentes de federações, todos pedindo votos para sua modalidade preferida. Enfim, o Modeon virou um case de sucesso”, destaca o presidente da Fesporte, Rui Godinho.

Na primeira edição o judô foi o campeão geral com 43.071 votos, uma média de 8.614 por confronto, seguido da natação, em segundo lugar, com 35.118, e em terceiro lugar o jiu-jisuo, com 32.726 votos. Foram sete dias de competição, 93 publicações, 150 mil interações, mais de 1,2 milhões de visualizações, com um alcance de 1,6 milhões de pessoas. Quase nove mil pessoas passaram a seguir a Fesporte no Instagram e ajudaram a totalizar os 243.053 votos. 

Participam da segunda edição do Modeon as modalidades de atletismo, automobilismo, badminton, basquete 3x3, basquete, bocha, bodyboard, bolão 16, bolão 23, boliche, boxe, canastra, canoagem, caratê, ciclismo, dança, dominó, escalada esportiva, esgrima, esportes eletrônicos, futebol, futebol 7, futebol de areia, futsal, ginástica rítmica, ginástica artística, golbol, golfe, halterofilismo, handebol, hipismo, hóquei de grama, jiu-jitsuo, judô, kitesurf, luta oliímpica, motociclismo, muaythai, nado sincronizado, natação, pádel, parabadminton, patinação, pentatlo moderno, pólo aquático, punhobol, remo, rúgbi, saltos ornamentais, skate, squash, stand up, surfe, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro, tiro com arco, triatlo, truco, vela, vôlei, vôlei de praia e xadrez.

Texto: Antonio Prado

 

Texto: Antonio Prado

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O pai de cada dia na vida do atleta

Segundo domingo do mês de agosto, dia 9, é um dia especial, porque é quando homenageamos uma das figuras mais importantes na vida de cada um: o pai. Seja ele um pai biológico, seja padrasto, seja ainda aquele avô, tio ou um amigo mais velho a quem consideramos pai. Ele é muitas vezes o equilíbrio entre os extremos. É aquele que cobra, que dá bronca, que exige; mas é também aquele que abraça, que ama (muitas vezes sem saber dizer) e que se orgulha tanto a ponto de fazer rolar aquela lágrima de emoção que ele sempre escondia.

Dizem que a maioria dos técnicos é como pai. Briga, exige, coloca no banco, manda de novo para o jogo, esbraveja, gesticula; mas também motiva, vibra, torce e corre para o abraço quando a vitória chega ou faz erguer a cabeça quando ela não vem.

Mas imagine quando o técnico é o próprio pai, a exemplo de Bernardinho, pai do Bruninho do vôlei; Charles Medina, padrasto de Gabriel Medina; ou mesmo Larri Passos, a quem Gustavo Kuerten nunca escondeu considerar um pai. A verdade é que no mundo dos esportes, esses não são casos isolados. Há muito atleta que vira técnico e inevitavelmente acaba treinando o próprio filho, quando este resolve seguir os passos do pai.

 

Dividindo com o filho as emoções das quadras 

Um exemplo disso é o técnico João Altamiro de Moraes Lopes, mais conhecido como Pingo, pai do Rafael Castagna Lopes. Pingo jogou basquetebol pelo Diocesano de Lages e foi campeão estadual em 1978. A carreira de jogador, que iniciou em 1972, durou 10 anos. Já a de técnico começou em 2012 em Lages, pela Apabla (Associação de Pais e Amigos do Basquete de Lages). E, nesse novo projeto, não ficaria de fora o filho Rafael, que já se espelhava no irmão mais velho, Renan, que já jogava, mas não seguiu com a modalidade. Juntos, Pingo e Rafael conquistaram títulos regionais na Olesc e nos Joguinhos Abertos.

Rafael, do basquete de Lages, com o pai e técnico, Pingo                                                        Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Pingo destaca a experiência de dividir com o filho os momentos no esporte e a emoção que acontece dobrada com o filho em quadra, mas defende que questões do esporte não possam ter muitas interferências no lar. “Às vezes, a gente acaba trazendo essas coisas pra casa, mas sempre procurei separar bem quadra e família”, disse ele. Apesar disso, destaca que há prazer em ter uma parte da família no trabalho, mas nem por isso poupa o filho das broncas. “A bronca nele era mais forte. Por ser filho, você tem mais liberdade, mas ele também entendia isso”, completou o técnico.

 

Uma família na mesa

E o que dizer de uma família inteira numa modalidade. No tênis de mesa, a família Nakashima tem levado muitos troféus e medalhas para o Norte do estado. Celso Toshimi Nakashima é pai e técnico de Alexia (21) e Enzo (19), além de Steffi (23), que já não atua mais na modalidade, e esposo da também mesatenista Alice. Natural de Cambé, no Paraná, Toshimi começou a praticar tênis de mesa em 1975, em Curitiba. Em 1981, começou a participar dos Jasc, por Porto União, depois por Capinzal, e, a partir de 1986, por Joinville, onde está estabelecido. Começou a atuar como técnico em 1983, no Paraná. No ano seguinte, já exercia a função em Capinzal. Ele já perdeu as contas de tantos títulos no estado como atleta e como técnico. Além disso, foram 22 títulos do Brasileiro Intercolonial e o orgulho de ter participado de três Paralimpíadas como técnico e conquistado prata nos jogos paraolímpicos de Beijing 2008.

Família Nakashima tem levado muitos troféus e medalhas para o Norte do estado                                                                         Foto: Divulgação/Arquivo pessoal 

Alexia e Enzo colecionam dezenas de títulos que vão das competições da Fesporte, como Joguinhos Abertos e Olesc, a brasileiros, sul-americanos e pan-americanos. “Ser pai e técnico ao mesmo tempo é o máximo que poderia ter acontecido na minha carreira, porque no fundo talvez você espere poder um dia dirigir um filho. Pra mim é um privilégio, emoção, orgulho; acho que tudo que tem de bom eu sinto quando estou com eles. Às Vezes, estou também como jogador, com eles, na mesma equipe”. 

Ele ainda fala da aflição e sofrimento mais forte quando os filhos vão jogar fora e ele não acompanha como técnico e da vantagem que tem em ser técnico dos próprios filhos. “Em função de vivermos o dia a dia, desde criança, a gente sabe de todos os momentos em que eles estão em dificuldade, no sentido psicológico ou emocional. Como pai, é mais fácil perceber isso no atleta. Toshimi define como gratidão ver os filhos atuando na mesma modalidade que ele, e atribui ao trabalho desenvolvido desde a escolinha e aos professores que se envolveram.

 

Ajudando a filha a realizar um sonho

Clodomir Cordeiro, o Chico, 47 anos, é treinador de handebol em Videira, desde 2018 e comanda sua filha Thereza Devenzi, 13 anos, nas competições da Fesporte. Para ele ser pai e técnico ao mesmo tempo é a realização de dois sonhos em um. Ele admite que estar nesta condição faz com que o sofrimento seja maior durante as competições. “O mais difícil é estar no torneio e não ser apenas pai. Isso aumenta o sofrimento, mas há o lado positivo, pois como pai e técnico você consegue fazer as cobranças (para a filha) de forma integral antes durante e depois dos treinos, mesmo sabendo que às vezes passamos do ponto nas cobranças por ser minha filha”.

O técnico Chico e a filha Thereza                                                                                                                                                    Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Segundo Chico o lado gratificante é ver de perto a evolução técnica da filha no handebol, por meio do comprometimento nos treinamentos. “Isso faz que eu sinta um orgulho, já que eu estou ajudando a minha filha a realizar um sonho, a ser vencedora dentro e fora das quadras”, admite o treinador. 

Como atleta Chico tem na carreira um vice-campeonato dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, terceiro lugar no campeonato estadual juvenil, alguns títulos regionais nos Joguinhos e como treinador de equipe feminina um terceiro lugar nos Jasc. Já a filha Maria Thereza tem no currículo o título de campeã sub-12 da Liga Catarinense de handebol. Além de Maria, Chico é pai de João Pedro, que aos três anos já brinca no futsal.

 

Das angústias de pai às alegrias de técnico

No caratê de Chapecó, Antônio e Marco também fazem uma forte dupla de pai e filho. Antônio Marcio Rodrigues dos Anjos (43), o pai, faixa preta (quarto dan), foi campeão brasileiro em 2007 e 2012, campeão brasileiro universitário pela CBDU em 2012 e campeão pan-americano em 2013. Formado em Educação Física e História, dos Anjos iniciou a carreira como carateca em 1993, e em 2005, já atuava também como técnico, função que desempenha atualmente no Município de Chapecó e nas seleções catarinense e brasileira. Como técnico, obteve títulos em todas competições da modalidade nos eventos da Fesporte, muitos deles dirigindo o filho Marco Antônio  dos Anjos, contando ainda com dois mundiais infantis por equipe, um título sul-americano (2019) e dois pan-americanos (2018 e 2019). Aos 20 anos, Marco, que iniciou no caratê aos seis, coleciona conquistas estaduais, nacionais e internacionais. Atualmente, na sua categoria, é o segundo do ranking mundial sub-21 da WKF, o primeiro do ranking nacional sub-21 e segundo no sênior.

 

Antônio é técnico de Chapecó e das seleções catarinense e brasileira Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

“Ser técnico é uma tarefa difícil, mas muito gratificante, pois há um ganho do ponto de vista das emoções, que vêm em dobro”, disse Antônio. Ele defende que, em casa, é possível também ser técnico e que treinar o filho dá uma vantagem sobre outros técnicos, porque a intimidade e a proximidade favorecem, segundo ele. “Eu e meu filho conseguimos nos comunicar até por gestos”. Por outro lado, alerta que problemas de treinos não devem entrar em casa. “Para mim é uma grande felicidade ver meu filho se destacando na modalidade que eu ensinei. Ser técnico e pai é algo especial, pois você vive as angústias de pai e as alegrias de técnico”. E quanto às broncas no filho atleta, ele diz que se tornam mais assertivas, embora não menos duras, à medida que a carreira do atleta vai se solidificando.

 

Alegria na vitória e incentivo na derrota

Outro caso é o da família D’Ávila, do caratê por Joinville. Célio é pai dos caratecas Vitor (23 anos) e Miguel (7). Ele começou com atleta em 1989, em Joinville. Em 1993, já atuava como técnico. Desde 2009, tem sido técnico da modalidade nos Joguinhos Abertos, conquistando, até o momento 10 títulos, sendo nove por Joinville e um por Brusque. A família toda aderiu à modalidade. Além dos filhos Vitor e Miguel, a esposa Valdirene também pratica caratê e recebe treinos de Célio.

Família de caratecas sob o comando de Célio D'Ávila

Célio D’Ávila destaca que o fato de conhecer a rotina do filho facilita mais na preparação física e técnica e que, para o filho, é também importante porque ele tem maior confiança. “O mais difícil é ser técnico e ficar em casa e não poder estar lá, ajudar para ele conseguir a vitória”, relatou abordando as ocasiões em que não está atuando como técnico do filho. “É uma mistura de orgulho, realização profissional, ter meu filho atuando comigo, e hoje como técnico, seguindo os passos do pai”, referindo-se ao mais velho, Vitor. 

D’Ávila ainda ressalta que ser técnico do filho é ter sentimento em dobro, mas que nas vitórias a alegria é compartilhada, vivenciada com o filho atleta, e na derrota, apoiar e incentivar.

 

Uma adrenalina a mais

Técnico de caratê de Blumenau, Veroni Pereira, 59 anos, treina três filhos na modalidade: Juliano Douglas, 37 anos, faixa preta 2º dan; Josiane Carla, 34, faixa preta (1º dan) e Marco Antônio, 18,  faixa preta (1º dan). Veroni começou a praticar o caratê em 1983, inicialmente buscando métodos de defesa pessoal. Entre os anos de 1992 e 1995, Veroni atuou diretamente como atleta e, em 1996, fundou sua própria equipe: a Associação Vasto Verde de Karatê, mesmo ano que assumiu como técnico a seleção blumenauense de caratê da Secretaria Municipal de Esportes.

Veroni exibe troféu conquistado nos Jasc 2018                                                                                            Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Ao longo dos anos, já perdeu a conta de quantos títulos levantou nas competições da Fesporte treinando os filhos. O que ele não esquece, no entanto, é o significador de ser pai e atleta ao mesmo tempo. “Ser pai é uma tarefa muito difícil e ser técnico do seu próprio filho significa uma responsabilidade maior ainda. A estratégia de luta é diferente dos demais atletas de sua equipe, a adrenalina é diferente e tem que ter cuidado para não atrapalhar. Com a derrota a tristeza é em dobro, mas com a vitória a alegria é tripla”.

 

Coisas de proteção de pai

Além da relação entre pais técnicos e filhos atletas, no mundo esportivo também não é raro que filhos sigam o mesmo caminho do pai na arbitragem.

“Vê-lo fazendo minha função não tem preço”. As palavras brotam da boca de um orgulhoso Deraldo Oppa, presidente da Federação Catarinense de Atletismo, ao descrever a emoção de estar lado a lado com seu filho, Gabriel Oppa, como árbitro, mas principalmente como locutor oficial do atletismo nas competições da Fesporte. Deraldo é um dos principais dirigentes e árbitros do Brasil. E tal condição foi crucial para ser o escolhido como o locutor oficial, em língua portuguesa, do atletismo das Olimpíadas 2016 no Rio.      

Nas competições, Deraldo Oppa admite que fica tenso ao acompanhar o trabalho do filho, mas não deixa que isso atrapalhe a relação profissional entre ambos. “Dentro da competição sou pai e hierarquicamente superior, já que coordeno a modalidade, mas procuro tratá-lo em condições de igualdade, com profissionalismo assim como aos demais árbitros”, esclarece.

Gabriel ao lado do pai, Deraldo Oppa, nas olimpíadas do Rio 2006                                                                                               Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Oppa informa que o filho largou a faculdade de Direito para entrar de vez no mundo do esporte ao ir como voluntário para as Olimpíadas do Rio, em 2016. Depois dele participar da olimpíada, no atletismo, ele disse: “Pai me encontrei. Vou largar o Direito e fazer Educação Física. E assim fez e nós o apoiamos”. Oppa lembra que o momento mais marcante foi quando os dois trabalham na Rio 2016 no dia dos pais.

Por fim sentencia: “Trabalhar com meu filho é muito gratificante, gostoso. Quando ele erra, procuro conversar, mostrar onde pode melhorar, às vezes de coração partido, doendo, porque eu não gosto de ver meu filho errar, enfim, coisas de proteção de pai”.

 

Técnicos, árbitros ou ainda atletas, um pai pode ter muitas funções, mas o que importa mesmo é a felicidade e a emoção de buscarem os mesmos objetivos e trilharem juntos o caminho da glória e da realização de sonhos; é poder contar com o pai de cada dia; é ter ao seu lado esse herói sem capa, mas com superpoderes que fazem os momentos serem ainda mais intensos; esse herói que tem como armas a voz e os gestos para sacudir o moral; a vibração para elevá-lo ao melhor de si; os abraços, beijos e todo tipo de carinho para estimulá-lo a ir além do que ele mesmo foi; e o amor, porque senão, não seria pai.

Texto: Heron Queiroz e Antonio Prado/Ascom/Fesporte

 

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Presidente Rui Godinho elogia o sucesso Modeon

Confira só o vídeo em que o presidente da Fesporte, Rui Godinho, fala do sucesso do 1º Desafio de Modalidades Esportivas On-Line, batizado de Modeon. A ideia era saber qual a modalidade tinha mais torcida no estado. Clica aí que em breve a Fesporte terá muitos mais novidades. Mais de 243 mil participam do Desafio das Modalidades.

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Marcelo Brigadeiro assume diretoria de esporte da Fesporte

O campeão mundial de luta livre Marcelo Marcel Franco José da Silva, conhecido como Marcelo Brigadeiro, assume nesta sexta-feira, 7, a diretoria de esportes da Fesporte. Brigadeiro tem 38 anos e é natural do Rio de Janeiro, onde se formou em medicina veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É integrante do Conselho Estadual de Esporte. 

Iniciou aos seis anos de idade nas artes marciais, praticando judô, e hoje é faixa preta quarto dan na Luta-Livre, modalidade pela qual é campeão mundial, europeu, tricampeão brasileiro e heptacampeão estadual. Como treinador, viveu de 2007 a 2011 em Liverpool, na Inglaterra, e foi nomeado três vezes consecutivas o melhor do cargo na Europa, comandando a Team Kaobon. Desde 2011, vive em Balneário Camboriú e atualmente é head coach da Astra Fight Team. Ele já produziu mais de 100 eventos na área esportiva e atualmente empresaria alguns dos grandes atletas das artes marciais.

“Assumir como diretor de esportes da Fesporte significa ter a oportunidade de modernizar o esporte catarinense. Essa modernização pode vir na inclusão de novas modalidades na área de atuação da Fesporte e até mesmo na implantação de grandes eventos esportivos. Com isso podemos fortalecer o turismo esportivo, aproveitando as inúmeras belezas naturais de Santa Catarina”.

Brigadeiro diz que é movido a desafios e a que sua condição de diretor na Fesporte seguirá este norte. “Tudo que fiz e faço em minha vida foi para ser o melhor, e agora, nessa nova etapa, não aceito menos que isso”, finalizou o novo diretor de esporte.

Texto: Antonio Prado

 Assista o vídeo da posse do novo diretor com a presença do presidente da Fesporte, Rui Godinho

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